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quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

[política] “Enquanto não houver provas irrefutáveis, acredito na inocência de Agripino e Wilma”

O senador Garibaldi Filho (PMDB) manteve-se solidário com os conterrâneos supostamente envolvidos na Operação Sinal Fechado. Em contato com O Jornal de Hoje, o ex-ministro da Previdência afirmou que enquanto não houver provas irrefutáveis, acreditará na inocência do senador José Agripino Maia (DEM), da vice-prefeita de Natal, Wilma de Faria (PSB), e do presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Ezequiel Ferreira de Souza (PMDB), os três supostamente envolvidos na Operação Sinal Fechado. “Realmente acredito que os meus conterrâneos possam provar a sua inocência. Acredito que a credibilidade que eles desfrutaram, e ainda desfrutam, possa levá-los a fazer com que isso venha a ter um bom termo”, afirmou o senador.

De antemão, Garibaldi critica o instituto da delação premiada, que tem sido responsável por frisson na política nacional, vide escândalo do Petrolão, e estadual, por meio da operação Sinal Fechado. Segundo ele, o instituto, criado na Constituição de 1988, pode levar a que se cometam distorções e julgamentos precipitados. “Porque, afinal de contas, uma deleção não significa uma sentença, e muitos estão entendendo que na hora que o sujeito faz uma delação é como se fosse uma sentença de um juiz que já tivesse inquérito concluído”, alertou.

Agripino poderá ser sendo alvo de investigação por parte do Ministério Público Federal. O procurador da República, Rodrigo Janot, requereu na última segunda-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de inquérito contra o senador, dando caráter oficial à investigação. A medida teria sido adota após reportagem do Fantástico, que exibiu, no último domingo, matéria sobre a fraude na implantação da inspeção veicular no Estado. A solicitação de abertura de inquérito contra o democrata foi distribuída para a ministra do STF Carmem Lúcia, que deverá responder nos próximos dias.

A Procuradoria da República investigaria Agripino desde o ano passado, quando teria sido acertada a delação do empresário George Olímpio junto ao Ministério Público. Todos os depoimentos de George Olímpio, que teriam durado cerca de três dias, teriam sido acompanhados por um subprocurador da República. Toda vez que o depoente tocava nas acusações contra Agripino – de que o democrata teria cobrado e recebido propina para fazer lobby no governo Rosalba Ciarlini (DEM) para a implantação da inspeção veicular, objeto da investigação – era o subprocurador quem fazia as perguntas. Assim, Agripino já vinha sendo investigado pelo MPF desde o ano passado.

No caso de Wilma de Faria, ela e o filho dela, o advogado Lauro Maia, são réus no mesmo caso desde 2011, quando o Ministério Público Estadual ofereceu denúncia contra eles. Ontem, os promotores de Justiça ofereceram denúncia contra Delevam Melo, homem de confiança do sistema wilmista e apontado como operador de Wilma e Lauro no esquema da Inspar. Quanto a Ezequiel Ferreira de Souza, o atual presidente da Assembleia foi acusado formalmente pelo procurador-geral de Justiça, Rinaldo Reis Lima, na última sexta-feira, de ter recebido propina para articular a aprovação de projeto de lei que autorizava a concessão do serviço de inspeção para a iniciativa privada, ação legislativa que supostamente fazia parte das tratativas do esquema.

Fonte: JH

4 comentários:

  1. Todos são inocente, Fernandinho Beira Mar também é inocente

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  2. Você acredita porque você é igual a eles

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  3. Todos os políticos do Brasil são CORRUPTOS, e nós eleitores ainda somos mais CORRUPTOS

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  4. Quando o homem tem vergonha de ser honesto

    Rui Barbosa“De tanto ver triunfar as nulidades,

    de tanto ver prosperar a desonra,

    de tanto ver crescer a injustiça,

    de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus,

    o homem chega a desanimar da virtude,

    a rir-se da honra,

    a ter vergonha de ser honesto.”

    RUI BARBOSA – (1914) – no Senado Federal

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