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terça-feira, 17 de março de 2015

[segurança] 'Nenhum diretor sai', diz secretária de Segurança sobre rebeliões no RN

Colocada como uma das principais reinvidicações dos presos rebelados no sistema penitenciário do Rio Grande do Norte, a saída de diretores de presídios do estado "não é pauta de negociação". Quem garante é a secretária de Segurança Pública e Defesa Social, Kalina Leite, ao reafirmar a postura do governo de não negociar com os detentos que vêm promovendo uma onda de rebeliões nas unidades prisionais do estado desde a semana passada.

"Quem detém cargo público pode ser exonerado, mas neste momento isso não está em negociação com os presos", disse Kalina Leite, que assumiu interinamente a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc) nesta segunda-feira (16) após a exoneração do advogado Zaidem Heronildes do cargo.

Com onze unidades prisionais alvos de motins desde a semana passada, o governo ainda não mensurou os prejuízos causados pelas rebeliões. "Não temos um levantamento do prejuízo causado com as rebeliões, mas as unidades estão destruídas e o prejuízo é gigantesco", afirma. Kalina Leite acrescentou também que já foram autorizadas as obras de recuperação dos pavilhões destruídos na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta.

A secretária concedeu entrevista coletiva ao lado do governador Robinson Faria nesta terça-feira (17) onde trataram da chegada da Força Nacional no estado para auxiliar na segurança dos presídios. Na ocasião, o governador destacou o apoio recebido do governo federal, como o envio de homens da Força Nacional, e afirmou que, se necessário, haverá uso das Forças Armadas.

"Não houve até agora nenhuma fuga, apesar das dificuldades deste momento dramático. Não houve nenhuma morte até agora. É necessário que a sociedade confie no nosso governo, nessa integração de forças, com a participação efetiva do governo federal. Agora mesmo estávamos discutindo a participação das Forças Armadas, do Exército. Isto dependerá do agravamento ou não da situação", disse o governador.

Uma onda de rebeliões acontece desde a semana passada no sistema penitenciário do Rio Grande do Norte. Desde a última quarta-feira (11) até esta terça-feira (17), nove unidades prisionais do estado foram alvos de motins. O Rio Grande do Norte possui atualmente 33 unidades prisionais. Nesta manhã, 79 homens da Força Nacional desembarcaram em Natal para reforçar a segurança nas unidades prisionais potiguares.

Duas rebeliões ocorreram na manhã desta terça: no Centro de Detenção Provisória de São Paulo do Potengi, na região Agreste; e na Penitenciária Estadual do Seridó Desembargador Francisco Pereira da Nóbrega, o Pereirão, em Caicó, na região Seridó.

Ainda nesta terça, além das rebeliões em Caicó e São Paulo do Potengi, um preso foi esfaqueado dentro de Alcaçuz, maior unidade prisional do RN. A penitenciária fica em Nísia Floresta, na Grande Natal. Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi enviada ao local, mas a entrada da ambulância ainda está sendo negociada com os detentos.

Na Zona Norte de Natal, quatro unidades registraram rebeliões: Centro de Detenção Provisória de Potengi, Complexo Prisional João Chaves, Presídio Provisório Professor Raimundo Nonato e Centro de Detenção Provisória da Zona Norte (CDP).

Também aconteceram revoltas no Centro de Detenção Provisória da Ribeira, na Zona Leste de Natal; na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta; e na Penitenciária Estadual de Parnamirim (PEP).

Fonte: G1RN

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