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segunda-feira, 16 de março de 2015

[educação] Estudantes e professores aprovam a ideia de uma versão digital do Enem


A possível mudança do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) da prova em papel para um sistema digital tem gerado dúvidas entre estudantes e professores. Em uma das primeiras declarações após tomar posse como ministro da Educação, Cid Gomes sugeriu a realização do exame pelo computador. O chefe da pasta estipulou um prazo de dois anos para que a avaliação comece a ser aplicada on-line, mas manifestou a vontade de que isso ocorra ainda em 2015. Com poucas informações sobre a transição, candidatos acreditam que esse prazo seja inviável e têm medo de serem prejudicados.

“Para este ano, me parece muito difícil, a não ser que o governo já tenha avançado bastante. Só os processos de elaboração, revisão, análise, pretestagem e validação dos itens levam, no mínimo, um ano”, afirma Tadeu da Ponte, responsável pelos simulados e sistema estatístico do Missão Universitário, plataforma de preparação para o vestibular e o mercado de trabalho da Mind Lab. Como o novo sistema está em estudo, o Ministério da Educação (MEC) não divulgou maiores informações. Em 3 de março, a pasta lançou uma consulta pública. Até a última sexta-feira, mais 23 mil pessoas haviam participado (leia Para saber mais).

Em entrevistas coletivas, o ministro Cid Gomes explicou que a proposta é o aluno ter acesso ao banco de dados da prova para estudar e aprimorar os conhecimentos. As provas seriam aplicadas em locais designados pelo ministério e se inspirariam no modelo utilizado pelo Departamento de Trânsito (Detran) para as avaliações teóricas, com data agendada com antecedência pelo candidato, quando ele preferir.

Exemplo

Um dos objetivos é reduzir os gastos com as provas. No ano passado, o custo total foi superior a R$ 450 mil. No Centro Educacional Darcy Ribeiro, os estudantes fizeram um simulado on-line do Enem no ano passado, antes do anúncio do ministro da Educação. O objetivo era justamente reduzir os custos de impressão das provas. O professor de matemática Vinicius Elias da Costa foi quem elaborou a plataforma que sorteava aleatoriamente as questões em um banco de dados. “Achei a proposta (do Enem digital) fantástica, porque gosto muito de trabalhar com tecnologia em sala de aula, só que também tenho certo receio em relação à aplicação para este ano”, opina Vinicius.
Fonte: Correio Braziliense

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