[política] Prefeito de Apodi veta projeto de vereadora aliada - Não satisfeita vereadora emite nota

O prefeito de Apodi, Flaviano Moreira Monteiro, vetou um projeto do Legislativo de autoria da vereadora Soneth Ferreira, que diz respeito a implantação da língua espanhola na rede de ensino municipal.

A assessoria de comunicação da prefeitura realizou uma matéria específica sobre o caso, explicando o motivo do veto. "a ausência de consideração de critérios técnicos, assim como das necessidades concretas para sua implementação e a imposição de gastos ao poder local, que necessitam de um estudo mais detalhado com relação  ao impacto que irá gerar no orçamento municipal,  destinado à contratação de professores habilitados para o ensino da referida disciplina."

E concluiu dizendo que "A atual administração trabalha com o intuito melhorar e qualificar o ensino da rede municipal, de modo que a referida lei só foi objeto de veto por questões técnicas, significando que em outro momento, desde que redigido em harmonia com o contexto socioeconômico do Município bem como observando os critérios imprescindíveis, o mesmo poderá ser sancionado."

Em nota, a assessoria da vereadora, que é aliada ao governo do prefeito, disse que o município já dispõe de professores qualificados para o assumir o cargo, acrescentando que, na cidade, existi um núcleo da UERN com graduados na área.

A nota da vereadora também destacou que as escolas particulares do município de Apodi já dispõe da disciplina e que o mercado de trabalho estar cada vez mais exigente, inclusive, quanto ao uso de uma segunda língua em grade curricular na hora de conseguir um emprego.

A parlamentar ainda afirmou, "Além desses pontos frisamos que consultamos a Assessoria Jurídica da CMA e expomos a nossa fundamentação para a Assessoria Jurídica da PMA, bem como dialogamos com técnicos e gestores da Secretaria Municipal de Educação de Apodi, além do auxílio de técnicos da 13ª DIRED e orientações da SOINSPE (Subcoordenadoria de Organização e Inspeção Escolar) do RN, que nos informaram que mesmo o município não possuindo regime próprio, desde que não houvesse alteração nas disciplinas obrigatórias da base nacional comum, poderia, amparada pela referida lei, oferecer SIM o ensino de espanhol no fundamental maior (6º ao 9º ano)."

E concluiu, "Diante destes fatos expostos iremos defender em plenária da CMA o nosso projeto, por acreditarmos não existirem impedimentos para a sua sanção."

Diante dos fatos apresentados, a questão passa a se complicar, mais ainda, para o atual prefeito. O desagrado quanto a vereadora da base aliada poderia prejudicá-la em seus projetos futuros, até mesmo nas eleições para a presidência da câmara.