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quinta-feira, 8 de outubro de 2015

[educação] Após 4 meses, termina greve de técnico-administrativos da Ufersa

Após quatro meses de greve, os servidores técnico-administrativos da Universidade Federal Rural do Semi-árido (Ufersa) retomaram as atividades nesta quinta-feira (8).  A decisão foi tomada em comum acordo com o Comando Nacional da Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra). A recomendação é que os técnico-administrativos façam uma força tarefa para colocar as atividades acumuladas em dia, porém não há recomendação para reposição dos dias parados uma vez que a greve foi considerada legal.

A decisão pelo retorno das atividades foi tirada em assembleia realizada na Ufersa Mossoró na terça-feira (6) quando 65 servidores optaram por retornar nessa quinta-feira (8) contra 27 que queriam retornar apenas no dia 13, após o feriado. Outros 5 se abstiveram da votação.

Apesar da pouca conquista no que diz respeito à reposição salarial, os técnico-administrativos avaliaram a greve como positiva. A paralisação foi a maior da história da Esam/Ufersa, bem como da Fasubra. Os ganhos foram nos auxílios alimentação, creche e saúde. No que diz respeito à reposição salarial ficou, de acordo com a categoria, o ganho ficou bem abaixo do esperado com reajuste de 10,8% dividido em duas vezes, com a primeira a partir de agosto de 2016.

Para Francimar Honorato, coordenador da Delegacia do Sinteste-Mossoró, a greve na Ufersa foi o maior exemplo democrático da história da instituição. “Foram mais de 20 assembleias com auditórios lotados, manifestações com ações externas, inclusive fora de Mossoró, e mais de trinta reuniões do comando local, além de reivindicações de uma pauta interna com muitas conquistas”, avaliou.

De acordo com a categoria, outra conquista em andamento é a real possibilidade da implantação do turno contínuo na Universidade. Os estudos já estão sendo viabilizados por setor. “Temos uma comissão permanente trabalhando e estudando a flexibilidade de cada setor”, afirmou Elisangela André, integrante da Comissão do Turno Contínuo. A Comissão parte de dois princípios básicos: o atendimento ao público das 8 às 21h e o número de servidores da cada setor. A previsão é de que ainda esse mês a minuta do Turno Contínuo seja apreciada pelo Conselho Universitário. A criação da Assessoria de Comunicação, uma sala de descanso para os servidores de Pau dos Ferros e a ampliação de vagas nos programas de pós-graduação foram também conquistas da greve.

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