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terça-feira, 12 de janeiro de 2016

[política] Cerveró diz que Calheiros ameaçou tirar apoio político por falta de propina

O ex-diretor da Área Internacional da PetrobrasNestor Cerveró disse que o presidente do Senado, Renan Calheiros, ameaçou tirar o apoio político que o ajudava a se manter no cargo na pretolífera por falta de pagamento de proprina. A afirmação foi feita em um depoimento da delação premiada de Cerveró, que foi preso pela Lava Jato há um ano e está detido na carceragem da Polícia Federal (PF), em Curitiba.

De acordo com o ex-diretor, Renan Calheiros (PMDB-AL) reclamou em uma reunião, em 2012, por não receber repasses de proprina.

A Operação Lava Jato, deflagrada em março de 2014, investiga um esquema bilionário de desvio de dinheiro na Petrobras. Nestor Cerveró já foi condenado pela Justiça em processos originados a partir da operação por crimes como corrupção e lavagem de dinheiro.

O ex-diretor também responde a outras ações penais, que ainda não foram sentenciadas. No fim de 2015, Nestor Cerveró virou delator da Lava Jato. A delação dele foi homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Outro lado
O senador Renan Calheiros negou os fatos contidos nas declarações de Nestor Cerveró. Por meio de nota, o presidente do Senado informou que já prestou as informações requeridas e que está à disposição para novos esclarecimentos.

Gratidão
Também em depoimento de delação premiada, Cerveró disse que foi alçado ao cargo de diretor da BR Distribuidora – subsidiária da estatal – devido a um ato de gratidão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo o ex-executivo, a troca foi feita pelo fato de ele ter ajudado o Grupo Schahin a vencer uma licitação para o aluguel de um navio-sonda para a Petrobras.

O negócio é apontado pelo Ministério Público Federal (MPF) como uma forma de pagamento por parte do Partido dos Trabalhadores (PT) a um empréstimo de R$ 12 milhões feito para o pecuarista José Carlos Bumlai.

Sobre as acusações de Cerveró sobre a BR Distribuidora, o Instituto Lula afirmou que não comenta vazamentos ilegais, seletivos e parciais de supostas alegações que alimentam o mercado de delações sem provas em troca de benefícios penais.

Fonte: G1

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