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quarta-feira, 23 de maio de 2018

[economia] Paralisação de caminhoneiros atrasa entregas de sal, diz sindicato da indústria potiguar

RN é responsável por 95% da produção de sal no país (arquivo) (Foto: Anderson Barbosa/G1)

Responsável por 95% da produção de sal marinho do país, a indústria salineira do Rio Grande do Norte enfrenta atrasos na entrega do produto, por causa das paralisações feita pelos caminhoneiros nesta semana contra os aumentos no preço do diesel.

A informação é do presidente do Sindicato da Indústria de Moagem e Refino de Sal do RN (Simorsal), Renato Fernandes. O setor ainda não estima quanto teve de prejuízo até o momento.

"Desde que se começou a falar de paralisação informamos os nossos clientes para que se preparassem e fizessem estoque de reserva. Alguns fizeram, outros não", afirma.

De acordo com Renato, praticamente todo o sal usado para consumo humano no país é transportado por rodovias. Anualmente, os caminhões transportam uma média de 2 milhões de toneladas de sal potiguar.

A exceção é para a produção voltada à indústria nacional que usa o sal como matéria-prima e para a exportação. Nesses casos, o sal marinho é transportado por navios abastecidos no porto ilha de Areia Branca.

Correios atrasam entregas

De acordo com o Correios, a logística de entregas foi prejudicada pela paralisação iniciada na segunda-feira (21). Segundo a estatal, a paralisação tem gerado impacto às operações da empresa no estado e em todo o país. Por isso, foram suspensas temporariamente as postagens das encomendas com dia e hora marcados, como é o caso do Sedex 10, Sedex 12 e 'Hoje'. Também haverá acréscimo de dias no prazo de entrega dos serviços Sedex e PAC das correspondências, mas esses serviços continuam sendo oferecidos.

Segundo a assessoria da estatal no RN, os clientes estão sendo comunicados no ato da postagem sobre o prazo estendido.

Porto e Aeroporto

Por meio de suas assessorias de imprensa, o Porto de Natal e o Aeroporto de São Gonçalo do Amarante, na região metropolitana da capital, afirmaram que estão operando normalmente e não foram afetados pela paralisação dos caminhoneiros.

Paralisações

Nesta quarta-feira (23), quatro estradas federais foram fechadas por caminhoneiros no RN. Porém, apenas caminhões foram barrados pelos manifestantes. Outros veículos seguiam viagem, embora em faixas reduzidas, nas BRs 101, 226 304 e 427. Na BR-101 em Parnamirim, região metropolitana de Natal, o protesto foi ampliado pela presença de motoristas de ônibus intermunicipais, que não cancelaram viagens durante a manhã. Os passageiros que já tinham comprado passagens tiveram viagens remarcadas.

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