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terça-feira, 15 de março de 2016

[política] Em carta, Delcídio pede desfiliação do Partido dos Trabalhadores

O senador Delcídio do Amaral (MS) enviou nesta terça-feira (15) uma carta ao diretório do PT no Mato Grosso do Sul solicitando sua desfiliação do partido. O parlamentar estava afastado da legenda desde que foi flagrado em uma gravação oferecendo dinheiro à família do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, que avaliava um eventual processo de expulsão.

Na breve carta de desfiliação encaminhada ao presidente do diretório sul-matogrossense do PT(leia a íntegra ao final desta reportagem), Antônio Carlos Biffi, Delcídio apenas informa que tomou a decisão de deixar a sigla, mas não apresenta justificativas.

Ex-líder do governo no Senado, Delcídio foipreso em novembro do ano passado por tentar obstruir as investigações da Operação Lava Jato. Ele ficou 87 dias na cadeia, mas foi solto em fevereiro depois de fechar acordo de delação premiada com a Procuradoria Geral da República.

Delcídio formalizou sua desfiliação do PT no mesmo dia em que o Supremo Tribunal Federal (STF) homologou a delação premiada e divulgou o conteúdo dos depoimentos do senador.

Aos procuradores da República, Delcídio citou, entre outros políticos, expoentes do PT, como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a presidente Dilma Rousseff e o ministro da Educação, Aloizio Mercadante.

Desde que foi solto por ordem do Supremo, Delcídio ainda não retornou ao Senado. Ele está de licença médica do Senado até o dia 22 de março. O senador enfrenta uma representação no Conselho de Ética da Casa que pede a cassação do seu mandato.

Veja a íntegra da carta de desfiliação de Delcídio:

"Ao senhor Antônio Carlos Biffi,
Presidente do Diretório Regional do Partido dos Trabalhadores do Mato Grosso do Sul

Sirvo-me do presente para informar minha decisão de desfiliação do Partido dos Trabalhadores. Desde já agradeço as providencias necessárias.

Atenciosamente,

Delcidio do Amaral Gomez"

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