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sexta-feira, 6 de abril de 2018

[cotidiano] Novo confronto entre palestinos e israelenses deixam mortos na fronteira Gaza-Israel

Palestinos participam de protesto na fronteira da Faixa Gaza com Israel, nesta sexta-feira (6) (Foto: Mohammed Salem/ Reuters)

Manifestantes palestinos e soldados israelenses voltaram a se enfrentar nesta sexta-feira (6) perto do muro que separa a Faixa de Gaza e Israel. Autoridades do departamento de saúde de Gaza afirmaram que três palestinos morreram e ao menos 150 ficaram feridos.

Centenas de palestinos se reuniram em diferentes lugares ao longo da fronteira de Gaza nesta sexta. No início da manhã, palestinos incendiaram pneus e lançaram pedras nos soldados israelenses, que responderam com gás lacrimogêneo e tiros, segundo a France Presse.

O número de feridos ainda é impreciso. Um balanço da Associated Press, citando o serviço de saúde palestino, indica ainda que 150 pessoas precisaram ser hospitalizadas depois dos confrontos desta sexta-feira. A France Presse afirma que 250 ficaram feridos.

Onda de protestos

Esse é o 2º protesto desde a convocação, feita pela sociedade civil e apoiada pelo Hamas, de seis semanas de manifestações contra o bloqueio fronteiriço do enclave palestino. Israel já acusou o grupo militante islâmico de usar os protestos como cobertura para atacar a sua fronteira e declarou que aqueles que se aproximam da cerca colocam suas vidas em risco.

Uma das vítimas desta sexta foi um homem de 29 anos que morreu em Khan Younis, cidade do sul de Gaza, segundo a Reuters. Com o anúncio das mortes desta sexta, já passa de 20 o número de palestinos mortos nesta região desde a semana passada.

Na sexta (30), confrontos deixaram 19 mortos e mais de 1,1 mil palestinos feridos. O Exército israelense afirmou que o conflito começou quando palestinos se aproximaram da cerca na fronteira de Israel. O Ministério de Saúde de Gaza, por sua vez, culpou soldados israelenses por atirar em dois agricultores palestinos de Khan Yunis, matando um deles.

A mobilização sem precedentes da "marcha do retorno" prevê manifestações e acampamentos durante seis semanas na fronteira exigir o "direito de retorno" de cerca de 700 mil palestinos expulsos de suas terras, ou que fugiram durante a guerra que se seguiu à criação de Israel em 14 de maio de 1948.

Soldados israelenses são vistos perto da fronteira entre Gaza e Israel nesta sexta-feira (6). Palestinos fazem protesto no local (Foto: Amir Cohen/ Reuters)

O clima de tensão tem aumentado na região. Em meados de maio, deve se concretizar a transferência da embaixada dos Estados Unidos de Tel Aviv para Jerusalém, após o presidente Donald Trump reconhecer que a cidade é a capital do estado de Israel – medida que desagradou profundamente os palestinos. Em maio também completará 70 anos da criação do estado de Israel.

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