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sábado, 3 de fevereiro de 2018

[política] Lava Jato: apontado como um dos maiores operadores, Raul Schmidt é preso em Portugal


Apontado como um dos maiores operadores da Operação Lava Jato, Raul Schmidt foi preso na cidade de Sabugal, em Portugal, por volta das 12h30 deste sábado (3). O luso-brasileiro foi preso por equipes da Polícia Federal (PF), da Polícia Judiciária e do Ministério Público Federal (MPF).

Ele estava foragido desde segunda-feira (29), quando a Justiça portuguesa confirmou a extradição dele para o Brasil. O G1 tenta contato com a defesa do preso.

"(...) em trabalho conjunto de inteligência entre a Polícia Federal, Ministério Público Federal, Interpol, Adidância da Polícia Federal em Portugal e as autoridades portuguesas, ele foi localizado nesta tarde e preso", disse a PF em nota.

Na 13ª Vara Federal da Justiça Federal, em Curitiba, há dois processos contra Schmidt. As duas ações penais aguardam o resultado do processo de extradição.

O réu é investigado pelo pagamento de propinas aos ex-diretores da Petrobras Renato de Souza Duque, Nestor Cerveró e Jorge Luiz Zelada - todos envolvidos no esquema de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa instalado na estatal.

Além de atuar como operador financeiro no pagamento de propinas aos agentes públicos da Petrobras, o luso-brasileiro também aparece como preposto de empresas internacionais na obtenção de contratos de exploração de plataformas da Petrobras.

Extradição

Schmidt recorreu várias vezes, mas teve os recursos negados pela Justiça portuguesa. Em janeiro deste ano, as autoridades brasileiras, então, conseguiram a extradição dele. Até esta manhã, porém, o réu não havia sido encontrado e era considerado foragido.

Agora, de acordo com o procurador da Lava Jato, Diogo Castor de Mattos, a extradição foi decidida em última instância; não cabem mais recursos.

Por causa de um acordo entre Brasil e Portugal, o luso-brasileiro só será julgado por atos praticados antes de dezembro de 2011, quando conseguiu a nacionalidade portuguesa.

Primeira fase internacional da Lava Jato

Schmidt já havia sido preso em Portugal, em março de 2016, na primeira fase internacional da Lava Jato. Na ocasião, as autoridades brasileiras entraram com um pedido de extradição, mas a Justiça portuguesa permitiu responder ao processo em liberdade.

Ele, que tem cidadania portuguesa, estava proibido de se ausentar do país sem autorização; o passaporte dele estava apreendido.

Antes da prisão, o réu estava foragido desde julho de 2015

O réu morou em Londres, onde mantinha uma galeria de arte, mas, depois do início da Lava Jato, se mudou para Portugal em virtude da dupla nacionalidade. À época, Schmidt foi preso em seu apartamento, localizado em uma região nobre de Lisboa.

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