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sábado, 19 de agosto de 2017

[justiça] Gilmar dá segundo habeas corpus em 24 horas para o compadre


O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou soltar, de novo, o empresário Jacob Barata Filho, preso desde o início de julho na Operação Ponto Final, um desdobramento da Lava-Jato. Barata Filho é considerado o “rei dos ônibus no Rio” e é acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de pagar propinas a autoridades do Estado.

Gilmar concedeu nesta quinta-feira, 17, habeas corpus ao empresário. Pouco depois, o juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, expediu novos mandados de prisão contra Barata. Nesta sexta-feira, 18, o ministro voltou a conceder liberdade a Barata. Gilmar é padrinho de casamento da filha de Jacob Barata.

“Ante o exposto, estendo os efeitos da medida liminar deferida nestes autos em 17.8.2017, para substituir prisão preventiva do paciente Jacob
Barata Filho, decretada nos Autos 0504957-22.2017.4.02.5101, pelas medidas cautelares diversas da prisão, fixadas no despacho anterior. Comunique-se, com urgência, para que o Juízo de origem providencie a imediata expedição de alvará de soltura”, decidiu o ministro.

Na decisão desta sexta-feira, Gilmar Mendes voltou a impor restrições ao empresário.

Ele terá que comparecer periodicamente ao juízo da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, não poderá manter contato com outros investigados, não poderá deixar o País – em julho, ele fora preso quando tentava embarcar para Portugal –, terá que estar em casa à noite, fins de semana e feriados. Também não poderá assumir cargos de administração ligados a transporte coletivo, nem mesmo ingressar em quaisquer de seus estabelecimentos.

Ao determinar a extensão dos efeitos da medida liminar deferida na quinta-feira, 17, para substituir prisão preventiva de Jacob Barata Filho pelas medidas cautelares diversas da prisão, o ministro assinalou. “Tenho que as medidas cautelares anteriormente fixadas são suficientes para afastar a necessidade da prisão preventiva.”

Para Gilmar, a proibição imposta ao ‘rei do ônibus’ de se ausentar do país, com obrigação de entrega de passaportes, ‘é medida suficiente para reduzir o alegado risco de fuga’.

Jacob Barata Filho é dono de um conglomerado de empresas no Rio e em outros Estados com mais de 4.000 veículos. Herdou o negócio de seu pai, que atuava no ramo desde os anos 1960. Os negócios da família incluem operadores de turismo, entre outras empresas, e se estendem por Portugal.

Fonte: ESTADÃO CONTEÚDO

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