A falta de vagas em cadeias públicas da região tem tornado difícil a tarefa de policiais e agentes prisionais. Presos ficam até três dias dentro de viaturas a espera de vaga ou de uma decisão judicial. Na maioria das vezes, o infrator é solto pelo juiz por não ter onde colocá-lo.
Essa situação está se tornando comum em cidades como Baraúna, Governador Dix-sept Rosado, Areia Branca e Grossos. Por falta de cadeias públicas, todos os detidos são levados à Cadeia Pública Manoel Onofre, em Mossoró. Porém, uma determinação da justiça, interditou a unidade para que o Estado fizesse reparos. Por conta da medida, a Cadeia Pública só recebe presos da comarca da cidade.
Com a decisão, a Coordenadoria de Administração Penitenciária (COAPE), tenta agilizar a situação na região levando presos para Natal. “A COAPE está com dificuldade em enviar presos. Algumas vezes são levados para a Delegacia de Plantão em Natal, mas ocorre que nem sempre recebem presos lá e o juiz manda soltar por falta de vaga”, explicou o Delegado Cleiton Pinho.
O delegado retrata ainda a dificuldade em encontrar meios para que o preso possa ficar detido até que seja julgado. “Em alguns casos, o preso fica até três dias dentro da viatura até que arrumem uma vaga. Isso dificulta e muito o trabalho das Polícias Civil e Militar”, acrescenta.
O último caso foi registrado em Baraúna. Um agente de Polícia Civil, que teve identidade preservada, relatou que a guarnição prendeu Patricio de Macêdo Roque, 21 anos, acusado de tráfico de drogas e tentativa de homicídio. Foi solicitada vaga através da Coape, que informou não existir, e o preso teve que ser liberado. “É o que irá acontecer pela segunda vez em menos de uma semana? O segundo traficante preso na cidade solto porque não existe vaga!”, reclamou o policial.
Fonte: Mossoró Hoje
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