[cultura] Apodienses lamentam o desprezo com a Banda de Música do município

"Conhecida em toda a região, arrastava a população as ruas para lhe ver, era um espetáculo a parte, sempre convidada para abrilhantar festas locais, motivo de orgulho para os apodienses,  com um repertório diverso, agradava a todos, assim era a Banda de Música Antônio de Pádua Leite. Seus tempos de glamour passaram, eis que ficam as lembranças em fotos e na memória dos apodienses."

Praticamente esquecida no tempo pela atual gestão municipal, a banda, que é um patrimônio de Apodi, sobrevive ao acaso. Ao que parece ela não faz parte das prioridades administrativas da cultura da cidade, pelo menos é este o sentimento que demonstra a sociedade, o qual não senti a valorização deste patrimônio.

Em contra partida, a Escola Estadual Ferreira Pinto tem desenvolvido um bom trabalho com seus alunos, apesar das dificuldades. Pois são sabedores que a música como também o esporte tem papel importante na educação e abrem grandes oportunidades para a juventude.

"Ao que me parece a cultura de Apodi está morrendo, a gente não ver mais algumas coisas que via antigamente, como os fogos e a banda de música acordando a gente às 5 da manhã com uma grande festa em alguns dias comemorativos", relata Raimundo Batista, morador do Bairro Lagoa Seca.

"Eu lembro-me que quando era criança e via a banda passar ficava impressionado com a proeza daqueles artistas e dizia que quando crescesse iria ser instrumentista daquela banda", declarou Leandro em uma postagem nas redes sociais.

Outros apodiense também externaram sua opinião durante a festa de emancipação política de Felipe Guerra quando viram várias escolas e bandas de música, inclusive de Apodi, tocando em plena Avenida com o sorriso no rosto e o carinho dos que o acompanhavam. "Em Felipe Guerra foi lindo, fico triste que em Apodi seja tão desprezado", declarou um membro da banda.

A banda no seu formato foi  instituída em 1990 através do poder público municipal pelo então prefeito Simão Nogueira Neto, na ocasião também passou a se chamar pelo atual nome a qual é conhecida, homenagem feita a um músico da terra. O seu primeiro dirigente foi o Sargento João Evangelista e depois Francisco Janilson de Carvalho aos 23 anos de idade.