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segunda-feira, 20 de julho de 2015

[polícia] Em gravação testemunha chave de chacina em Itajá pede para não morrer

Irmã do suposto mentor da matança em Itajá, mulher escapou de atentado. Policial telefonou e acabou gravando o momento de súplica da vítima. 

O telefone celular de um policial civil gravou a voz de uma mulher suplicando para não ser assassinada. O atentado aconteceu na noite desta sexta-feira (17) numa região de mata fechada no bairro de Nova Parnamirim, na Grande Natal. “Não... não... comigo não... comigo não.. Não faz isso comigo não...”, implora a vítima (ouça o áudio abaixo). Ainda segundo a polícia, a mulher que escapou da morte é considerada testemunha-chave da chacina que vitimou cinco mulheres dentro de um prostíbulo na zona rural de Itajá, cidade distante 200 quilômetros de Natal."

A mulher é irmã do comerciante Francisco de Assis Júnior, de 38 anos. Mais conhecido como ‘ET’, ele foi preso na manhã da sexta-feira em Macaíba, na região Metropolitana da capital, e está sendo apontado como o mentor da matança", confirmou o delegado Normando Feitosa. O áudio, que tem 45 segundos, foi gravado por um policial civil no momento exato em que a mulher estava sendo amarrada numa árvore. 

O agente ligou para ela ao retornar duas chamadas que feitas para o telefone dele. Como estava dirigindo, o policial não atendeu de imediato. Depois, quando parou o carro, ele tentou falar com a mulher. De alguma forma ela atendeu no momento em que estava em poder dos criminosos. A polícia explicou que o celular do agente possui um aplicativo que capta, automaticamente, todas as ligações que ele faz e recebe. 

Ainda de acordo com a Polícia Civil, o atentado aconteceu nas imediações da Av. Maria Lacerda Montenegro. Três homens encapuzados abordaram a mulher quando ela desceu de um ônibus e a levaram para o matagal. Já amarrada, ela contou que um dos homens recebeu uma ligação telefônica dando a ordem para que ela fosse queimada. A mulher lembra, inclusive, ter ouvido o homem dizer: “Você vai queimar bem devagar, que é pra ver como o inferno é quente”. Espancada, ela foi amarrada numa árvore. Os três homens atearam fogo na vegetação e foram embora. Uma moradora da vizinhança, viu o fogo se espalhando e ouviu a mulher gritando por socorro. Essa pessoa chamou a polícia, que chegou a tempo de salvar a vítima. 

Uma equipe do Samu levou a mulher ao Hospital Regional Deoclécio Marques em estado de choque e com queimadura nas pernas, onde ela recebeu atendimento. Ainda de acordo com a polícia, a irmã de Francisco recebeu alta médica e permanece sob proteção de uma escolta armada.

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