As informações do trabalho que resultaram na prisão do ex-governador Fernando Antônio da Câmara Freire, ocorrida sábado (25), no Rio de Janeiro, foram detalhadas em entrevista coletiva concedida pelo Procurador-Geral de Justiça, Rinaldo Reis Lima, a secretária de Estado da Segurança Pública e Defesa Social, Kalina Leite, o adjunto da Sesed, delegado Federal Caio Bezerra, e o comandante geral da Polícia Militar, coronel Ângelo Mário, nesta segunda-feira (27).
O PGJ disse que desde o ano passado já havia diligências feitas por Secretarias de Segurança do RN, do Rio de Janeiro, do Distrito Federal e pela Polícia Federal. “Há mais de um ano existe mandado de prisão em desfavor do ex-governador Fernando Freire. Inclusive, chegamos a montar campanas em Brasília”, declarou.
Ainda de acordo com Rinaldo Reis, a prisão do ex-governador aconteceu porque desde 2014 ele não foi mais encontrado para receber notificações da Justiça. “Não foi tão fácil chegar a ele porque ele não estava dando pistas”, comentou o PGJ. Segundo ele, Fernando Freire sequer usava o cartão de crédito para as compras que fazia.
De acordo com o Procurador-Geral, Fernando Freire tinha três condenações relativas ao escândalo conhecido como “Máfia dos Gafanhotos” e a quarta condenação se refere à American Distribuidora de combustíveis onde ele havia concedido incentivo ilegal para uma empresa do RN além de pagamentos indevidos a agentes públicos.
A secretária de Segurança afirmou que os contatos feitos com o secretário de Segurança do RJ, José Mariano Beltrame, foram de suma importância para o sucesso da prisão. “A Segurança Pública do RJ não mediu esforços para buscar Fernando Freire”, revelou.
Designado para buscar o ex-governador no RJ, o secretário adjunto de Segurança do RN, Caio Bezerra, lembrou que uma denúncia deu início aos trabalhos para prender Fernando Freire.
O ex-governador voltou ao Rio Grande do Norte e está detido no Quartel do Comando Geral da Polícia Militar, em Tirol. Ainda há nove ações penais contra ele. Algumas com condenações em 1ª instância e confirmadas pelo Tribunal de Justiça.
Os mandados de prisão contra o ex-governador foram expedidos pelos juízes responsáveis pela 4ª, 7ª e 8ª Varas Criminais de Natal. A soma das penas é de 39 anos de prisão. Todos são de prisão preventiva.
Fonte: De Fato
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