Detentos da Penitenciária Lemos Brito, no Complexo de Gericinó, em Bangu, Zona Oeste do Rio, se dedicavam a uma nova atividade ilícita atrás das grades: produzir, para o próprio consumo, cachaça artesanal.
O material, que totalizava 109 garrafas da bebida, todas fabricadas dentro das próprias celas em método rústico de fermentação de arroz e banana, foi encontrado em fiscalização realizada, quarta-feira, pelo Ministério Público.
A cachaça era revendida entre os próprios presos. Os valores, no entanto, não foram informados pelo MP. Também foram apreendidos 17 papelotes de cocaína, um saco com aproximadamente 100 gramas da droga, 17 telefones celulares, 14 carregadores e mais de 50 invólucros de drogas, além de inúmeras armas brancas, como faca e tesouras. A varredura percorreu galerias onde ficam bandidos do Terceiro Comando Puro (TCP), milicianos e ex-servidores públicos.
“Com o fim da revista íntima nas visitas, a quantidade de objetos ilícitos dentro do cárcere aumentou consideravelmente, portanto, já passa da hora de fecharmos o cerco contra os criminosos que mesmo presos não se desvinculam da atividade ilícita”, afirmou o promotor André Guilherme, que participou da ação na cadeia.
O promotor Paulo José Sally, que também esteve na visita, disse que foram encontrados ainda caderno e folhas avulsas com números de telefone e contas bancárias, que provavelmente seriam de algum ‘disque-extorsão’, quando criminosos telefonam para vítimas, dizem que sequestraram parentes e pedem valores abusivos.
Realizada pela 2ª e 3ª Promotorias de Execução Penal, a ação teve apoio de 12 agentes da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), que compõem a Coordenadoria de Segurança e Inteligência do MP.
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