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quinta-feira, 26 de março de 2015

[segurança] Origem de áudio antecipando ataques a ônibus é investigada pela Sesed

Foto:Alberto Leandro
Um mistério. É como está sendo tratada a origem do áudio interceptado no qual dois presos combinam ataques a ônibus na capital. A conversa foi gravada um dia antes da onda de violência que levou a administração estadual a declarar estado de calamidade no sistema penitenciário, quando se registraram incêndios em veículos de transporte público. A cúpula da Segurança Pública agora quer saber quem tinha a informação antecipada e não acionou o Estado.

O conteúdo da conversa foi revelado no domingo (22), em reportagem do Fantástico, na Rede Globo. Na matéria, o repórter Maurício Ferraz diz apenas que o conteúdo foi obtido com exclusividade, sem deixar pistas de onde conseguiu.

Até o momento, na avaliação feita pela assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública, a investigação sobre esse assunto está indo pela via da eliminação. São quatro os órgãos que lidam – de maneira legal – com a captação de interceptações telefônica: Polícia Civil, Federal, Ministério Público Federal e Estadual.

De saída, os dois entes federais são descartados por não estarem envolvidos no caso. Restando, assim, o Ministério Público do Rio Grande do Norte, que tem uma investigação em curso, e a Polícia Civil. A titular da Sesed, Kalina Leite, é delegada da Polícia Civil. Garante que o áudio não saiu de lá. Restou o MPRN, que comunicou à secretária que de lá também não saiu.

“Não se sabe se de fato a procedência é realmente sobre esse assunto ou se os presos estavam falando sobre outra data. Mas o jornalista que recebeu o áudio diz que recebeu no domingo antes do atentado”, explicou o tenente Cristiano Couceiro, da assessoria de imprensa da Sesed.

Agora a Secretaria de Segurança Pública está apurando o caso porque poderá identificar e responsabilizar algum agente público que detinha a informação de que uma onda de violência iria se instalar em Natal e não comunicou aos órgãos competentes.

Não é a primeira vez que o Fantástico tem acesso a conteúdo exclusivo de investigações. Em outras reportagens também recentes, o semanário da Globo veiculou trechos exclusivos de conteúdo multimídia da Operação Sinal Fechado. Nesse caso, o MPRN fez questão de assumir que deu o material.
Fonte: Portalnoar

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