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quarta-feira, 25 de março de 2015

[segurança] Estado envia presos para Apodi, mas não manda suprimentos e agentes fazem "vaquinha"

Foto Cedida
Como foi noticiado ontem(24) neste Blog, a Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania transferiu 30 presos de Pirangi para o CDP de Apodi. Porém, o Estado não enviou nada mais do que os 30 detentos, nenhum tipo de suprimentos veio para a unidade poder atender a essa nova demanda.

É de nosso Conhecimento que a unidade foi reconstruída a pouco tempo, utilizando a mão de obra dos próprios detentos e com a ajuda financeira de empresários, essa atitude foi reconhecida, foi destaque e foi noticiado em todo o Rio Grande do Norte. Para manter esse padrão de inovação, visando o controle e tranquilidade do CDP, os agentes penitenciários saíram no comércio local em busca de doações.  

“Não é nosso papel, mas para manter a ordem e o modelo humanizado que aplicamos no CDP de Apodi, o agente Airton Lucena e eu tivemos que ir em busca desses suprimentos para os presos. Se esses detentos vieram de Natal, que está em crise, não podemos permitir que eles se revoltem aqui na nossa unidade, que é conhecida pela tranquilidade e ressocialização”, comenta o agente Márcio Morais, diretor do Centro de Detenção.

E Márcio está certo. Se os presos de Apodi recebem condições mínimas para se manterem atrás das grades, coisa que o Estado não oferece em outras unidades, é natural que os novos “hóspedes”, todos da capital, necessitem receber o mesmo atendimento.

Não se trata de questão de pena dos presos ou benevolência com criminosos. Trata-se única e exclusivamente da manutenção da ordem em uma unidade que já vive em paz. O que os agentes conseguiram para os presos, nesta terça-feira, foram somente sabonetes, creme dental e escovas de dente.

Alguns podem criticar essa ação dos agentes, mas se todas as unidades prisionais do Estado tivessem o mínimo de humanização, nós caminharíamos para o passo importante da ressocialização. O que se faz hoje é trancar criminosos em cadeias deterioradas, insalubres e que fazem com que eles não tenham nenhuma perspectiva de mudar de vida, de tentarem ser pessoas melhores. Acabam voltando para as ruas piores do que entraram.
Com algumas informações obtidas no PortalBo

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