A menina de 16 anos vítima de estupro coletivo no Rio de Janeiro no último dia 21 é insultada em uma letra de funk que está sendo compartilhada na internet. A letra é impublicável. Lista homens que a teriam violentado e faz referências geográficas ao Morro da Barão, na zona oeste da capital, onde aconteceu o crime, e suas cercanias: “o menor do bairro 13”, “o moleque da Menezes”, “o moleque da Assembleia”, “o menor da Baronesa”.
A música se chama “Não fala da (apelido da menina), a (apelido) fortalece” e tem como subtítulo “X. (o órgão sexual feminino) de túnel”. O vídeo, que já foi visualizado mais de 40 mil vezes no YouTube, entrou no ar na semana passada, após divulgação do estupro, também nas redes sociais. Na gravação, a jovem é manipulada por homens.
Usuários do YouTube elogiaram a música e postaram comentários jocosos, inclusive mulheres. Um trecho diz que a menina foi violada pela “tropa da Barão” (traficantes de droga da favela); noutro, “reclama”: “tanta mina pra falar, vocês quer (sic) falar da (apelido).” Noutro, a “defende”: “A (apelido) fortalece”, ou seja, se relaciona sexualmente com os bandidos.
Até agora, três homens foram presos sob acusação de envolvimento no estupro, investigado pela Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV). Outros três estão sendo procurados pela polícia. A jovem entrou no programa de proteção à testemunha e está em local secreto com os pais, a avó e o filho. Para a polícia, o afastamento dificulta as investigações.
Fonte: Estadão
Fonte: Estadão
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