Os dados acerca da capacidade hídrica do estado são preocupantes. Em 2012, segundo informações obtidas pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos junto à Agência Nacional de Águas (ANA), os reservatórios potiguares estavam com 71% de sua capacidade. Atualmente, o estado está com apenas 24%. Só neste ano, o índice já caiu 2,5%, enquanto a média de redução na região Nordeste foi de 1%.
“Nós só tivemos um momento de recuperação dos nossos reservatórios, em 2014 pra ser mais preciso, mas não foi suficiente”, explicou o titular da Semarh, Mairton França, que realçou que em outros estados a situação é ainda pior. Na Paraíba, por exemplo, a capacidade média dos reservatórios está em 20%, e há mais de 50 municípios em colapso de abastecimento – no RN, são nove, enquanto 33 cidades convivem com rodízio de água.
Os representantes do Executivo traçaram um balanço das ações já realizadas pelo governo estadual no combate aos efeitos da seca, entre obras emergenciais e de médio e longo prazo. Entre elas, está a retomada das obras da barragem de Oiticica e do Sistema Adutor do Alto Oeste. Segundo o secretário estadual de Planejamento, Gustavo Nogueira, há R$ 697 milhões contratados para obras no estado, incluindo diversas pastas.
A maior parte dos recursos (61%) está sob a tutela da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), o que corresponde a R$ 429 milhões. A Companhia de Águas e Esgotos (Caern) detém outros R$ 221 milhões. O restante está distribuído entre outras pastas e órgãos do governo.
Dentro das ações emergenciais já executadas está a perfuração de mais de 154 poços só neste ano. A previsão é de que, até setembro próximo, sejam instalados mais 71 nos municípios com pior situação hídrica, e recuperados outros 100. Também neste ano, deve-se ultrapassar a marca de 1000 cisternas entregues no RN, através do programa Brasil Sem Miséria, gerido no estado pela Secretaria de Ação Social (Sethas).
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