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quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

[cotidiano] Isso é o que acontece quando você tem hábito de engolir creme dental

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É comum ouvirmos relatos de pessoas que, quando crianças, costumavam comer pasta de dentes, principalmente por conta dos sabores daquelas feitas para o consumidor infantil.

Porém, geralmente, as pastas infantis não possuem flúor, um elemento que pode representar um risco ao ser ingerido.

Quando uma quantidade excessiva de flúor é ingerida, pode ocorrer um distúrbio chamado “fluorose dental”, que causa manchas no esmalte dos dentes. Elas costumam ter maior incidência em dentes ainda em desenvolvimento, apesar de também ocorrerem posteriormente.

A princípio, a fluorose leve é a forma mais comum do problema, que acaba quase passando despercebida. Ela costuma causar pequenas listras brancas ou manchas no esmalte do dente. Quando ela está em seu estágio um pouco mais avançado, o dente fica completamente descolorido ou com manchas marrons.

O problema faz com que o esmalte seja danificado, deixando os dentes ásperos e difíceis de serem limpos. As manchas passam a ser permanentes, escurecendo ainda mais com o passar do tempo se não forem tratadas adequadamente.

O problema acontece, principalmente, em crianças excessivamente expostas ao fluoreto entre 1 e 2 anos de idade. Mas o pior período para exposição é entre 2 e 4 anos, por conta da influência da quantidade ingerida com o peso, dieta, nutrição e desenvolvimento ósseo da criança.

É importante saber que alguns alimentos também possuem fluoreto, como água fluoretada, bebidas e fórmulas infantis feitas com água fluoretada e alguns peixes. A água com flúor ainda é discutida entre especialistas, que não chegaram a um consenso sobre os riscos à sua exposição.

Existe um estágio crítico de fluorose, conhecido como “esquelética extrema”, porém, ele é muito raro. Foram confirmados apenas cinco casos desde a década de 1960.

Os sintomas se iniciam com dor e rigidez das articulações e podem evoluir para calcificação paralisante de ligamentos, perda de massa muscular, problemas neurológicos, imobilidade e osteoporose futura.
Fonte: Jornal Ciência

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