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segunda-feira, 16 de setembro de 2013

[educação] RN também envia suas propostas para a reformulação do Ensino Médio no Brasil

             A necessidade de reforçar o ensino profissionalizante foi apontada como uma das principais saídas para resolver o gargalo do ensino médio brasileiro. A audiência promovida esta manhã (16) na Assembleia Legislativa pela Comissão Especial da Câmara dos Deputados, para reformular o ensino médio, teve uma participação maciça e contou com a presença de representantes da UFRN, IFRN, DCE, UMES, SINTE, escolas e gestores.
            O debate foi conduzido pela deputada Fátima Bezerra (PT), 1ª vice-presidente da comissão. Os encaminhamentos e propostas do Estado serão levados ao seminário nacional. Todos os que se pronunciaram foram unânimes em defender a reforma.

O presidente da ALRN, deputado Ricardo Motta, disse que o momento era de ouvir as reivindicações dos especialistas ali presentes: “Teremos aqui a chance de enriquecer um documento único, para que o ensino médio no Brasil tenha um avanço significativo e que as disciplinas sejam mais integradas entre si”, disse.

            Também participaram da audiência a deputada federal Sandra Rosado e a estadual Larissa Rosado; os vereadores Hugo Manso e Eleika Bezerra (presidente da Comissão de Educação da CMN); o reitor do IFRH, Belchior de Oliveira Rocha, além representantes do governo do Estado e do município. Belchior lembrou que as maiores premiações nas maratonas de conhecimento estão dentro dos institutos.

            O presidente da comissão, deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), citou dados mostrando que o grande problema da educação é o ensino médio: de cada 100 alunos que ingressam na educação infantil, somente 44 chegam ao ensino médio e destes, a metade desiste. Dos 50% que permanecem cursando o ensino médio, somente 18% chegam à universidade, o que dá 12 alunos.

            Ele enfatizou a necessidade de reforma no currículo, mostrando-se preocupado com o grande número de jovens que caem no “limbo”, nem estudam e nem trabalham porque não tiveram uma formação adequada. “O jovem não entra no trabalho porque aquele ensino não despertou as suas aptidões laborais, nem também cumpre seu papel de garantir que continuem estudando. Sem falar que existem em nosso país um milhão de jovens que não estudam, nem trabalham”, disse..

            “O atual modelo não responde aos nossos jovens e nem à construção de um novo Brasil. Reconheço que a educação melhorou muito, tanto o projeto pedagógico, quanto o ensino e aprendizagem dos anos iniciais como apontam os indicadores de vários municípios que já cumpriram metas. Mas temos carência de mais investimentos em todas as etapas e o ensino médio precisa repensar o seu papel, é evidente que precisa de uma reforma, afirmou o parlamentar.

            O relator da comissão, deputado Wilson Júnior (PMDB-PB) AFIRMOU: “O ensino médio não dá um passo para a frente e tem um grande risco de só dar passos para trás. Essa comissão foi criada para mostrar que o Congresso está de olho nesse problema. Esses 88 jovens que não prosseguem nos estudos não foram preparados para o ensino superior mas poderiam estar prontos para o mercado de trabalho”, disse.

            Na avaliação de Eleika Bezerra, diante dessa problemática com o ensino médio, o estado não deveria assumir o ensino superior. Fátima Bezerra lembrou que o RN está se tornando apto a assumir mudanças no ensino médio, por ser proporcionalmente o melhor contemplado no País no plano de expansão do ensino técnico. “Federalizar o ensino é criar um sistema nacional articulado de educação. E os estados em parceria com a união e com os municípios, cada qual na sua competência, devem fazer o dever de casa, garantindo a infra-estrutura física adequada e apostar na agenda de valorização do magistério”, disse.

Fonte: ALRN

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