Arthur deve nascer em julho, mas já obteve na Justiça a garantia de ter o nome das duas mães e do pai no registro de nascimento. Pela primeira vez, em Santos há uma decisão como essa, favorável à múltipla parentalidade.
“Fiquei aliviada em saber que meu filho vai sair da maternidade com o nome do pai e das mães”, diz uma das mães do bebê. Ela tem 53 anos e vive em união estável com a outra mãe, que tem 37 anos.
Elas moram em São Vicente. Ainda temem a reação negativa da sociedade e, por enquanto, se reservam no direito do anonimato. Porém, o preconceito alheio não representa uma barreira para viver o amor, transformado em uma união estável desde 2010. O casamento no civil aconteceu há três anos, logo depois da liberação da Justiça brasileira.
Agora completam o sonho de constituir uma família com a chegada do bebê. Aos 37 anos, a mãe está na 31ª semana de gestação. O pai é o sobrinho da companheira dela. Foi ele quem colheu o sêmen para que a futura mamãe fizesse a inseminação caseira.
Faltando pouco mais de um mês para o nascimento de Arthur, não é apenas o quarto dele que está pronto. Mas também o coração de todos que participam dessa história.
Fonte: Atribuna
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