Reflexo de desemprego e recuo da renda, a demanda mais fraca já afeta a inflação, pressionando os preços para baixo. De alimentos a passagens aéreas, passando por educação e até motel são exemplos de produtos com menor demanda, segundo Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de índices de preços do IBGE. Ao mesmo tempo, no entanto, há uma pressão para cima tanto dos custos com o câmbio como por causa do aumento de impostos:
A inflação oficial do país, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ficou em 0,90% em fevereiro, desacelerando frente ao 1,27% registrado no mês anterior. No mesmo mês de 2015, a taxa ficou em 1,22%. Em 12 meses, a inflação acumulada ainda está em dois dígitos, em 10,36%. No ano, é de 2,18%.
A alta da alimentação fora de casa, que tinha sido de 1,12% em janeiro, foi de 0,64% em fevereiro. Já o motel, com expansão de 3,19% em janeiro, teve deflação de 0,38% em fevereiro. O preço de passagens aéreas caiu 15,83% em fevereiro, ante queda de 6,13% em janeiro.
No caso de artigos de limpeza, o aumento dos preços foi de 1,07% em fevereiro, frente a 1,86% em janeiro. Até mesmo no caso de despesas de educação — uma das principais pressões para a alta da inflação em fevereiro — houve influência de demanda, já que Eulina viu dificuldade no repasse da inflação para as mensalidades escolares.
Fonte:O Globo
Areia do rio é só do bom
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