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quinta-feira, 30 de abril de 2015

[educação] "Sou professora e mereço bomba na cara?"

"Depois de 23 anos sendo professora, é isso que eu mereço: uma bomba na cara". O desabafo emocionado, em vídeo, é de uma professora da Secretaria de Estado da Educação do Paraná, que ficou com o rosto ferido após confronto entre policiais militares e educadores em manifestação repreendida violentamente nesta quarta-feira (24/9), em Curitiba.


A direção do Sindicato dos Professores do Paraná (APP-Sindicato) classificou como “truculenta” a ação da Polícia Militar (PR) do estado durante protesto da categoria e de outros servidores estaduais contra o projeto de lei que altera a previdência do estado. Segundo o sindicato, participaram do protesto 20 mil pessoas. A PM não divulgou o número de manifestantes.

Em greve desde segunda-feira, os professores da rede estadual de ensino e de universidades estaduais estão acampados em frente à Assembleia Legislativa do Paraná. A Polícia Militar traçou um perímetro de isolamento, com grades e policiais, em torno da Assembleia Legislativa. Outras categorias também protestaram, mas os professores representam 70% do funcionalismo estadual.

Pelo menos 170 manifestantes ficaram feridos, segundo a prefeitura de Curitiba e o Tribunal de Justiça do Paraná, onde ocorreram os primeiros atendimentos. Dentre eles, 45 foram levados para unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e hospitais da região.

A Secretaria de Segurança Pública do Paraná diz que 20 policiais ficaram feridos. “A reação, a agressão, não partiu dos policiais. Os policiais ficaram parados para proteger o prédio da Assembleia Legislativa. Na medida que eram impedidos, reagiram. A polícia não partiu para cima dos manifestantes uma única vez. Tem filmes que comprovam o que estou dizendo”, disse.

Segundo a Secretaria de Segurança será aberto Inquérito Policial Militar, com participação do Ministério Público, para apurar as ações durante a confusão.

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