Nesta campanha, várias pesquisas foram realizadas no Rio Grande do Norte e todas erraram e erraram feio. A jornalista Thaisa Galvão fez uma avaliação sobre o caso. Veja o que ela diz:
"Aos leitores que, assim como o Blog, olham com receio para as pesquisas eleitorais, estão aí as provas de que, todo cuidado é pouco na hora de engolir os números apresentados.
O segundo turno está apenas começando, mas, certamente, os números começarão a pipocar.
Acreditar ou não?
Curta e compartilhe.
Está mais do que na hora dessa brincadeira chegar ao fim.
E para o Senado?
Qual instituto de pesquisa acertou em suas previsões astrológicas?
A maioria de Fátima Bezerra sobre Wilma de Faria foi de 11,61%.
O instituto Seta, que errou feio para o Governo, acertou em cheio para Fátima: apontou maioria de 11,1. O Seta trabalhou para o PT, fazendo pesquisas internas.
O Ibope apontou maioria de Fátima de 15%, e nos votos válidos, de 19%. Errou feio. Bem fora da margem de erro de 3%. Ibope fez internas para Henrique.
O Item errou feio. Deu empate numérico entre as duas candidatas. Não era sequer empate técnico. Item não fez internas.
O Certus acertou para o Senado. Deu maioria de Fátima de 11,31% na última pesquisa. Certus fez pesquisas internas para Robinson.
Consult errou absurdamente feio: deu maioria de Fátima de apenas 2,76%. Consult fez pesquisas internas para Wilma.
Vale salientar que, para o Senado não havia fator surpresa como aconteceu com o Governo em relação a Robério Paulino. Ou era Fátima ou era Wilma.
*
Quem errou, quem acertou, quem passou perto, nas previsões ‘atrológicas’ para o governo do Estado?
Primeiro: o segundo turno é um fato.
Qual instituto previu?
O instituto Seta, de cara, disse que o candidato Robinson Faria ganharia no primeiro turno, com uma maioria de 1,8%.
Poderia aí, considerando a margem de erro, descambar para um segundo turno, como aconteceu.
Porém, Robinson não chegou na frente e a maioria de Henrique sobre ele foi de 5,32%.
Errou feio a Seta nas previsões para governador.
Henrique teve maioria de 5,32% sobre Robinson.
O Ibope, na última pesquisa, apontou maioria de 7%, e contando os votos válidos, a maioria subia para 8%.
Vai justificar que está na margem de erro, de 3 pontos para mais ou para menos, já que a diferença entre o real e o imaginário foi de 2,68%.
Mas o Ibope errou ao ignorar os pontos de Robério e não apostar no segundo turno. Dava primeiro.
O instituto Item deu uma diferença de 6,3% de Henrique sobre Robinson.
Dentro da margem de erro. A diferença entre o índice previsto e o apurado foi de apenas 0,98%. Na diferença entre os dois principais candidatos, o Item acertou. Errou ao não enxergar a pontuação de Robério e não indicar segundo turno. Mas há de convir que o Item foi o que chegou mais perto.
O instituto Certus previu maioria de Henrique sobre Robinson de 6,86%.
A diferença entre o previsto e o apurado foi de 1,54%. Dentro da margem de erro. Também teria acertado se tivesse enxergado o terceiro nome e indicado o segundo turno. Dava primeiro. Errou.
O instituto Consult deu maioria de Henrique sobre Robinson de 9,94% na sua última pesquisa. Fora da margem de erro. Pode justificar que ainda faltavam alguns dias para o pleito e a fila andou. Porém, assim como os outros, fechou os olhos para a votação de Robério. Errou feio.
*
E as pesquisas, hein?
Elas virão no segundo turno com o mesmo gosto de gás do primeiro?
Alguém ainda vai acreditar?
Ou algum instituto ainda vai dizer que acertou?
A começar pelas intenções de votos, de TODOS OS INSTITUTOS, atribuídas ao candidato Robério Paulino, do PSOL, que obteve 8,74% dos votos no Rio Grande do Norte.
Foram 129.616 votos.
A última pesquisa do Ibope deu 4 pontos para Robério. Errou feio.
A última do Seta deu 2,16%. Errou mais do que feio.
A última do instituto Item deu 2,8%. Péssimo.
A última da Certus deu 2,29% para Robério. Passou longe.
A última da Consult deu 1,47%. Mais feio ainda.
Portanto, nenhum instituto foi capaz de enxergar a participação de Robério no processo.
Robério bateu forte nas pesquisas.
Estava errado?
Fica a pergunta."
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