Um levantamento feito através do Portal da Transparência da Assembleia Legislativa aponta que os deputados estaduais do Rio Grande do Norte gastaram, em 2013, R$ 104.527,90 de dinheiro público em apenas 12 dos mais caros restaurantes da Grande Natal.
Ranking – Levando em conta as 12 marcas de restaurantes selecionadas para o levantamento, Fábio Dantas foi o que mais gastou, mas ele não chegou ao topo por acaso, em três ocasiões ele registrou gastos únicos de mais de R$ 1 mil no restaurante Coisas da Roça. Em 17 de maio foram R$ 1.234,40, já no dia 23 de agosto foram R$ 1.100; enquanto em 25 de julho foram mais R$ 1 mil. No mesmo estabelecimento, Ezequiel Ferreira registrou o desembolso de R$ 1.359 em 9 de maio e outros R$ 1.310 no dia 16 de janeiro.
Essas, porém, ainda não foram as maiores notas fiscais registradas nas prestações de contas. No dia 29 de novembro, Antônio Jácome registrou despesa de R$ 2.535 no Mangai. George Soares anotou despesa de R$ 1.628 no Sal e Brasa, no dia 16 de outubro, e de R$ 1.139,27, em 23 de dezembro. Em relação ao mesmo restaurante, Gustavo Carvalho prestou contas de gasto de R$ 1.030,59, em 18 de dezembro.
Destaque especial, no entanto, merece a nota registrada pelo deputado Tomba Farias, no dia 25 de julho, no valor de R$ 1.461,69, no D'amici Ristorante, localizado no Leme, na capital do Rio de Janeiro.
Outros gastos - Claramente, a despesa com restaurantes caros não é a única “imoralidade” na utilização das verbas indenizatórias pela Assembleia Legislativa. Há casos de gastos aparentemente absurdos em divulgação, em terceirização de serviços, em repasse a entidades filantrópicas e mesmo com viagens, hospedagens, combustíveis e diversas outras finalidades.
O fato de gastar mais com “alimentação” nesses restaurantes também não significa que este ou aquele deputado seja mais irresponsável do que os demais em relação ao uso do dinheiro público, visto que, pelo menos, essa despesa foi registrada. Outras formas de má utilização dos recursos orçamentários, como a destinação para ações que não atendem o interesse da população, sem falar nos possíveis casos de improbidade, são certamente ainda mais danosas à sociedade.
As 12 marcas escolhidas (totalizando 18 estabelecimentos) foram Camarões (4 CNPJs), Fogo e Chama (2 CNPJs), Sal e Brasa, Agaricus, Guinza, Piazzale Mall, O Abade, Coisas da Roça, Mangai, Tábua de Carne (2 CNPJs), Cassol (2 CNPJs) e Buongustaio. Nas prestações de contas, no entanto, há ainda diversos gastos com cafés, bistrots, casas de vinhos, chopperias, entre outros. Isso tudo sem levar em conta que se tratam de parlamentares com subsídios de R$ 20 mil por mês e que até 2011 recebiam 15 salários por ano.
Confira abaixo o ranking completo dos gastos e a lista detalhada, marca por marca e mês a mês:
Gastos totais nos 12 restaurantes
Fábio Dantas – R$ 23.137,72
Ezequiel Ferreira – R$ 21.616,89
José Adécio – R$ 17.242,16
Tomba Farias – R$ 12.284,81
Agnelo Alves – R$ 9.926,39
George Soares - R$ 4.404,72
Getúlio Rego – R$ 4.304,45
Kelps Lima – R$ 3.063,43
Gustavo Carvalho – R$ 2.638,99
Antônio Jácome – R$ 2.535
Larissa Rosado – R$ 1.568,48
Leonardo Nogueira – R$ 944,86
Fernando Mineiro – R$ 860
Fonte: www.facebook.com/cidadaniarn
Os políticos estão certo e os eleitores errado
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