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terça-feira, 15 de maio de 2018

[política] Após 4 ano de Lava Jato, STF faz hoje 1° julgamento de políticos

A Procuradoria Geral da República (PGR) reforçou nesta segunda-feira (14) um pedido para que a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condene o deputado federal Nelson Meurer (PP-PR) e dois filhos dele pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

O julgamento está marcado para esta terça-feira (15). Esta é a primeira ação da Lava Jato que será julgada no STF e a primeira que pode levar à condenação de um político com foro privilegiado por envolvimento em fraudes na Petrobras.

Compõem a Segunda Turma do Supremo os ministros:

Edson Fachin;
Celso de Mello;
Gilmar Mendes;
Dias Toffoli;
Ricardo Lewandowski.

No julgamento, os ministros decidirão se Meurer é culpado ou inocente das acusações. Se dois ministros votarem pela absolvição, o deputado poderá recorrer ao plenário do Supremo.

Entenda o caso

Nelson Meurer e os filhos são réuspor suspeita de terem se beneficiado de desvios de dinheiro da Petrobras.

Segundo a PGR, Meurer teria recebido R$ 29,7 milhões em repasses de R$ 300 mil mensais, operacionalizados por Alberto Youssef, entre 2006 e 2014.

O deputado, ainda de acordo com a denúncia, também teria recebido R$ 4 milhões em espécie para a campanha e outros R$ 500 mil na forma de doações eleitorais da construtora Queiroz Galvão. Os filhos teriam contribuído para receber e esconder a origem do dinheiro.

No documento enviado ao STF nesta segunda, a procuradora-geral, Raquel Dodge, enfatiza que os pagamentos feitos ao parlamentar foram comprovados a partir de depoimentos e outras provas documentais.

A procuradora destaca, ainda, que os ministros deverão definir se, para a configuração do crime de corrupção passiva, é necessário que a vantagem indevida tenha relação com um ato de ofício, ou seja, ato praticado em contrapartida. E, segundo ela, é preciso deixar claro quais condutas são caracterizadas como ato de ofício.

O que diz a defesa

A defesa de Meurer e dos filhos argumenta no processo que não há provas da participação deles nos supostos crimes e disse que a acusação se baseou principalmente em depoimentos de delação premiada.

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