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segunda-feira, 23 de outubro de 2017

[polícia] Servidores da Prefeitura de Natal são presos se passando por fiscais ambientais e cobrando propina

Dois funcionários da Prefeitura de Natal foram presos, na noite desta sexta-feira (20), suspeitos de se passarem por fiscais da Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb). Eles teriam realizado falsas fiscalizações com objetivo de cobrar propina e liberar obras. Em depoimento à Polícia Civil, ambos negaram os crimes.

Os dois servidores públicos são lotados na Secretaria de Obras da capital potiguar. Porém, de acordo com a Secretaria Municipal de Defesa Social, estavam se passando por fiscais ambientais, que são ligados à Semurb.

De acordo com o fiscal ambiental Gustavo Szilagyi, eles se apresentavam como fiscais e promoviam falsas autuações e embargos às construções. Caso o responsável pela obra pagasse a propina cobrada, o caso era "apagado" do sistema da Prefeitura.

Um corretor de imóveis de 64 anos foi uma das vítimas. De acordo com ele, os fiscais pediram R$ 5 mil para liberar documentos de uma reforma na sua casa

Os suspeitos estavam sendo investigados pelo Núcleo de Inteligência da Secretaria Municipal de Defesa Social. Fotos mostraram Carlos Alberto dos Santos e Antônio do Nascimento negociando com a vítima no canteiro de obras.

Os agentes no núcleo da Defesa Social montaram um flagrante nesta sexta (20) e prenderam os servidores na praça de alimentação de um supermercado de Natal, no momento em que eles recebiam parte da propina cobrada ao corretor de imóveis.

Os investigadores acreditam que pelo menos dois comparsas dos presos conseguiram fugir. Ainda de acordo com os agentes, os funcionários municipais ofereceram propina de mil reais para serem liberados pelos guardas municipais, porém foram levados à Delegacia de Polícia Civil.

Além de responder criminalmente, os dois homens poderão perder os cargos públicos que ocupam no município. De acordo com o fiscal Gustavo Szilagyi, a Secretaria de Meio Ambiente também foi vítima da dupla. A pasta não descarta a possibilidade de servidores da própria Semurb fazerem parte da quadrilha.

Além das investigações da Polícia Civil procedimentos internos da prefeitura vão apurar o caso.

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