Cinco viúvas de jogadores da Chapecoense mortos no acidente aéreo na Colômbia, em novembro de 2016, às vésperas da decisão da Copa Sul-Americana, têm se movimentado para acionar o clube em busca de valores referentes a premiações e direitos de imagem em suas indenizações.
De acordo com a Folha de São Paulo, a primeira ação, movida por Valdécia Borges de Morais Paiva, viúva do volante Gil, foi protocolada na segunda semana de fevereiro na 1ª Vara do Trabalho de Chapecó. Uma audiência está marcada para 22 de maio, na cidade de Chapecó. As mulheres de Bruno Rangel, Canela e Ananias e Gimenez também farão o mesmo.
O jornal confirma que os advogados responsáveis pelo caso só não entraram com as respectivas ações ainda pois não receberam do clube catarinense documentos de contrato de trabalho esportivo e notas de direito de imagem e premiações.
Logo depois do acidente, que matou 71 pessoas, entre as quais 19 jogadores, a Chape fez pagamento de verbas rescisórias e seguros. Foram, então, quitados dias já trabalhados naquele mês de novembro, 13º salário e férias proporcionais, além de direito de imagem.
A família de Gil, por exemplo, teve direito a um seguro de vida pago pelo clube, da Porto Seguro, e outro pela CBF, do Itaú Seguros. A divergência seria em relação ao direito de imagem, que é pago por fora e não foi utilizado para contabilizar o valor das indenizações.
O clube contesta. O vice-presidente jurídico da Chapecoense, Luiz Antônio Palaoro, afirmou que o clube está preparado para se defender e que não há erro, visto que o cálculo dos valores a serem pagos é feito sobre o que está na carteira de trabalho.
"Fizemos o pagamento do seguro obrigatório e ele existe para isso. O seguro é para que a pessoa não fique em situação difícil. Cada jogador recebeu 40 salários referentes à carteira de trabalho. Entendemos a angústia dos familiares que perderam seus entes queridos, mas não temos o que fazer", afirmou ele.
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