O Rio Grande do Norte figura como o quinto estado do país com o maior número de pessoas com o título acadêmico de doutorado. O estado potiguar aparece com a taxa de 10,4 em doutores por 100 mil habitantes.
O ranking com 27 unidades federativas brasileiras é liderado pelo Distrito Federal, com índice de 16,7; seguido por Rio Grande do Sul (14,3), São Paulo (13,9), Rio de Janeiro (13,1) e RN.
Em últimos lugares na lista de títulos de doutorado por 100 mil habitantes entre 1996 e 2014 figuram os estados de Maranhão, com 0,4 e Rondônia, 0,2. A pesquisa do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) aponta também que o número de programas de mestrado e doutorado no Brasil apresentou um crescimento de 205% e 210%, respectivamente.
A expansão de títulos concedidos dentro dessas categorias foi ainda superior, de 379% e 486%. A publicação “Mestres e Doutores 2015: estudos da demografia da base técnico-científica brasileira” revela que, apesar do crescimento do número de títulos de doutorado concedidos no Brasil, o seu valor ainda é baixo quando comparado a outros países. Em 2013, por exemplo, a média brasileira foi de 7,6 doutores formados para cada grupo de 100 mil habitantes.
Entre as nações da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), apenas México (4,2) e Chile (3,4) apresentaram desempenho inferior ao Brasil. A publicação também aponta que houve uma desconcentração geográfica da pós-graduação. Em 1996, a maior parte dos mestres e doutores se formou na região Sudeste. Apenas São Paulo e Rio de Janeiro foram responsáveis por 58,8% dos títulos de mestrado e 83,4% dos de doutorado daquele ano, respectivamente. Em 2014, esses estados responderam, em conjunto, por 36,6% dos mestres e 49,5% dos doutores formados no país.
O número de títulos de mestrado concedidos na região Norte, por exemplo, passou de 135, em 1996, para 1.884, em 2014, registrando um aumento de mais de 1.200%. No doutorado, os títulos foram de 21 para 301. A publicação traz pela primeira vez a dinâmica do emprego formal de mestres e doutores analisada em seis anos sucessivos.
O estudo demonstra que a taxa de emprego formal dos mestres e doutores manteve-se estável de 2009 a 2014, em cerca de 66% e 75%, respectivamente. Já o grau de formalidade do emprego da população em geral é em torno de 53%, de acordo com dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).
A iniciativa revela, ainda, que houve um aumento da inserção de mestres e doutores em entidades empresariais de segmentos de alta tecnologia, passando de 18%, em 2010, para 24%, em 2014. “Isso reflete uma maturidade dessas empresas no reconhecimento da importância de ter em seus quadros mão de obra altamente qualificada capaz de contribuir para atividades inovativas em setores como fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos; de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos; e aeronáutica”, ressalta.
A publicação integra um esforço do CGEE para avaliar a formação de recursos humanos em ciência, tecnologia e inovação no país e subsidiar a formulação de políticas públicas na área. Trata-se de uma atividade contínua do Centro, já em sua quarta edição (“Doutores 2010”, “Mestres 2012” e “Doutores brasileiros titulados no exterior”).
A iniciativa tem como objetivo gerar informações sobre a formação e o emprego de mestres e doutores no Brasil. O estudo apresenta um amplo conjunto de estatísticas relacionados à formação desses recursos humanos especializados a partir do cruzamento das bases de dados da RAIS/MTE, Coleta Capes e Plataforma Sucupira/Capes.
Fonte: Defato
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