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quinta-feira, 21 de julho de 2016

[polícia] PF prende grupo que preparava atos de terrorismo na Olimpíada

Nelson Antoine/Folhapress
A Polícia Federal prendeu nesta quinta-feira (21) um grupo que preparava atos de terrorismo no Brasil em uma operação deflagrada a 15 dias da abertura da Olimpíada do Rio de Janeiro. Em entrevista coletiva, em Brasília, o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, informou que 10 pessoas foram presas e outras duas estão sendo rastreadas. Dos dez, há a confirmação que um seja menor de idade.

Foram expedidos 12 mandados de prisão temporária por 30 dias podendo ser prorrogados por mais 30, em 10 estados do país, incluindo São Paulo. O líder do grupo está preso no Paraná. 

“De simples comentários sobre o Estado Islâmico, eles passaram para atos preparatórios. A partir do momento em que passaram para atos preparatórios, foi feita prontamente a atuação do Governo Federal realizando simultaneamente as 10 prisões desses supostos terroristas, que se comunicavam pela internet”, informou o ministro da Justiça. "Dois dos presos já foram condenados e cumpriam pena por seis anos por homicídio”, acrescentou Alexandre de Moraes.

"Eles só começaram atos preparatórios, não seria de bom senso aguardar para ver. O melhor seria decretar a prisão", afirmou.

Atentados pré-Olimpíada
A operação, com nome "Hashtag" monitorou os suspeitos pela internet, via Whatsapp e Telegram. Segundo o ministro, caso um atentado acontecesse, ele seria feito com tiros e não com bomba.

“Eles citam como atirar com AK-47. Eles não aprofundam a questão de execução, mas obviamente seria tiro [um possível atentado]. Em nenhum momento, até pelo o que foi apurado, eles falam em bomba. A questão é com armas”.

Segundo o ministro, não houve trocas de mensagem com pessoas ligadas ao Estado Islâmico. "O grupo não se conhecia e agia de forma amadora", acrescenta Moraes.

"É uma célula amadora, sem nenhum preparo, falando 'vamos treinar'. Nenhuma célula organizada ia procurar comprar arma pela internet. É uma célula desorganizada. Por isso que insisto e reitero a questão de segurança nacional é muito mais importante do que terrorismo, gera mais preocupação que o terrorismo. Não podemos ignorar, verificando que cada um individualmente, em grupo, levaria a crer que jamais realizaria ato competente de terrorismo", justificou.
Fonte: UOL

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