Em reunião nesta quarta-feira (2) , a bancada do PT decidiu que os três integrantes do partido no Conselho de Ética - Zé Geraldo (PT-PA), Leo de Brito (PT-AC), e Valmir Prascidelli (PT-SP) - votarão a favor da continuidade do processo que investiga o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A decisão foi anunciada pelos três parlamentares e outros deputados petistas que participaram da discussão.
O voto do PT é considerado decisivo para que as investigações continuem, já que o placar no Conselho de Ética está apertado.
Os deputados do PT sofriam pressão do governo para apoiar Cunha e evitar, com isso, que o peemedebista abrisse processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Ao mesmo tempo, a direção do partido e mais da metade da bancada exigiam a continuidade das investigações. A avaliação deste grupo era de que o desgaste político em apoiar o presidentes Câmara seria muito grande. Além disso, o partido poderia se tornar alvo permanente de chantagem.
Os três integrantes petistas do Conselho de Ética disseram que exigiram uma posição da bancada do partido, para não sofrerem sozinhos o desgaste de votar a favor ou contra o parecer que recomenda a continuidade das investigações.
O Conselho de Ética se reúne na tarde desta terça pelo segundo dia consecutivo na tentativa de votar parecer do deputado Fausto Pinato (PRB-SP) pela continuidade do processo por quebra de decoro. Aliados de Cunha tentam inviabilizar a votação fazendo retirados questionamentos ao presidente do colegiado. Nesta terça, a sessão durou 6 horas e não houve votação, apenas discussões e discursos.
Há meses Cunha segura a decisão sobre os pedidos de afastamento de Dilma, para ter margem de negociação e tentar evitar a cassação do próprio mandato.O peemedebista é acusado de mentir à CPI da Petrobras quando disse, em março, que não possui contas bancárias no exterior. Documentos do Ministério Público da Suíça revelaram, porém, a existência de contas relacionadas a Cunha. O presidente da Câmara diz ser "usufrutuário" de ativos mantidos na Suíça e administrados por trustes.
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