A falta de investimento na saúde pública do Rio Grande do Norte vem massacrando os usuários do sistema de saúde pública. Depois de denúncias envolvendo a existência de uma espécie de esgoto na ala masculina do Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM), em decorrência de infiltrações existentes na estrutura da unidade hospitalar, agora a situação se mostra mais problemática. Uma fotografia que circulou ontem nas redes sociais mostrou um paciente recebendo transfusão de sangue deitado no chão do hospital, sujeito à infecção.
A realidade que se vê na referida fotografia evidencia que o Hospital Regional de Mossoró segue o exemplo da maior unidade de saúde mantida pelo Governo do Estado, o Hospital Monsenhor Walfredo Guirgel, em Natal, no qual pacientes ficavam enfileirados em corredores e recebiam atendimento médico. Não é diferente do que está acontecendo no Tarcísio Maia.
Com a ausência de uma política pública austera e direcionada à solução dos problemas, a informação que se tem é que as obras de ampliação da estrutura e de licitações à compra de equipamentos estão paradas por falta de verba. Alude-se que seria por conta da crise financeira que assola Estados e Municípios. Contudo, existem verbas tarimbadas, repassadas pelo Governo Federal para que a saúde pública possa funcionar, ao menos, para atender dignamente ao cidadão.
Mas não é isso que ocorre. O cenário apresentado nas redes sociais em Mossoró mostra que, por mais que o cidadão pague seus impostos e mesmo com o dinheiro que o Estado arrecada, algo que vem crescendo e é mostrado em balancetes publicados no Diário Oficial, não estaria existindo prioridades para setores específicos da sociedade. Entre eles, está a saúde.
A reportagem tentou conversar com a diretoria do Hospital Regional Tarcísio Maia na tarde de ontem. Nenhuma ligação feita à unidade hospitalar de referência na região Oeste do Rio Grande do Norte foi atendida. Tentou-se contactar o diretor do HRTM, Jarbas Mariano, porém ele não atendeu. Para completar o quadro de caos, a imprensa foi proibida de entrar no hospital. Algo que remete à ideia de que a diretoria estaria querendo evitar que problemas como o que surge na foto sejam de conhecimento público.
Fonte: Jornal de Fato
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