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sábado, 9 de maio de 2015

[segurança] Menina de 10 anos, estuprada, aguarda para dar à luz

Com dez anos de idade e cinco meses de gravidez, uma menina que foi estuprada por seu padrasto, aguarda o parto internada junto a outras futuras jovens mães, enquanto as autoridades do Paraguai rejeitam a interrupção da gravidez, apesar da pressão internacional.

O caso provocou comoção em todo o mundo, com o pedido de várias organizações humanitárias que insistem em que a vida da menina, que tem 1,39 m e pesava 34 kg no início da gravidez, corre risco.

Também gerou um intenso debate na sociedade paraguaia entre os defensores do aborto "pelo estupro" e os contrários à interrupção da gravidez - num país cuja Constituição proíbe o procedimento, salvo em casos de risco de vida para a mãe.

Contudo, o governo, a justiça e a Igreja Católica e outros grupos civis expressaram sua forte oposição ao aborto, evocando, entre outras razões, o estado avançado da gravidez.

Os médicos afirmam que a menina passa bem e que a gravidez segue "normal" neste momento. "Ela não sente dores e nem complicações", explicou a médica Dolores Castellanos, chefe do setor de Infância e Adolescência do hospital da Cruz Vermelha em Assunção, onde está internada a vítima do estupro.

A menina de 10 anos, grávida após o estupro de seu padrasto, está atualmente sob a proteção do hospital e sob a supervisão de médicos, psicólogos e psiquiatras e sob observação do ministério da Saúde.

O padrasto, Gilberto Zarate Benitez, 42 anos, foi declarado foragido da justiça e a mãe da menina está detida no presídio feminino, acusada de obstrução da investigação judicial por tentar esconder o parceiro.

A menor compartilha uma ala reservada a meninas-mães com outras cinco adolescentes, de 13, 14 e 16 anos, que esperam ou já tiveram seu bebê.

"Ela é a mais nova", apontou Castellanos, que ordenou uma dieta especial rica em proteínas, ferro, cálcio, muito líquido e atividade normal.

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