logo

sábado, 7 de abril de 2018

[segurança] Polícia Civil prende 80 suspeitos em operação contra milícia na Zona Oeste do Rio

Cerca de 80 suspeitos foram presos, na manhã deste sábado (7), em uma das maiores operações contra a milícia do Rio. A ação é coordenada por policiais das delegacias de Homicídios da Capital e da Baixada Fluminense, da Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil, da 27ª DP (Vicente de Carvalho) e da 35ª DP (Campo Grande).

Segundo a Polícia Civil, pelo menos quatro criminosos morreram durante um confronto. Cerca de 30 fuzis e 20 pistolas foram apreendidos. O chefe da maior milícia do estado, identificado como Wellington da Silva Braga, o Ecko, conseguiu fugir.

Na ação ainda foram recuperados 15 carros roubados e apreendidas granadas e roupas militares.

A ação interditou parte da Av. Cesário de Melo, na altura da estação do BRT Cesarão 3, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, por volta das 6h45 deste sábado (7). Por causa da ocorrência, a estação do BRT estava fechada no horário.

Em janeiro desse ano, uma investigação do Ministério Público apontou que os milicianos "tomaram conta" de 21 estações do BRT. As investigações deram conta que milicianos assumiram estações do BRT Transoeste, que liga a Barra da Tijuca até Campo Grande, passando por Santa Cruz, todas na Zona Oeste da cidade. O trecho entre os terminais de Santa Cruz e Campo Grande, na Zona Oeste da cidade, é considerado o mais complexo. "Há informações sobre isso, sim. A milícia está tomando conta das estações do BRT, especialmente as menos visadas", afirmou o promotor Luiz Antônio Ayres.

No fim do mês passado, imagens do Globocop flagraram uma guerra entre traficantes e milicianos na Praça Seca, também na Zona Oeste. Na fuga, os criminosos chegaram a parar o trânsito na Rua Cândido Benício, uma das principais ruas da região, que fica em frente a uma estação do BRT.

Atualmente, as milícias atuam 11 municípios da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. As áreas de influência desses grupos criminosos somam 348 km², o equivalente a um quarto do tamanho da capital. É um conjunto de territórios em que vivem 2 milhões de pessoas que, no dia a dia, são coagidas a usar o transporte, o botijão de gás; a pagar por segurança e pelo sinal de TV; além de consumir água e os alimentos da cesta básica dessas quadrilhas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário