A Rússia classificou nessa segunda-feira (12) de "gratuitas" as acusações feitas pela CIA, depois que a agência de inteligência concluiu, segundo o jornal americano "Washington Post", que Moscou interferiu nas eleições americanas para favorecer o candidato republicano, Donald Trump.
"Na mídia são publicadas com uma surpreendente regularidade informações procedentes de representantes de alto escalão dos Estados Unidos e do Reino Unido", declarou o porta-voz do governo russo, Dimitri Peskov.
"Algumas dessas acusações não se sustentam em nenhuma informação, nem sequer falo de provas. Parecem acusações gratuitas, não profissionais, que não têm nada a ver com a realidade", disse à imprensa.
De acordo com uma reportagem publicada pelo "Washington Post" na sexta-feira (9), que menciona um relatório da CIA, a Rússia interveio para que Trump ganhasse a eleição.
O jornal afirma que pessoas vinculadas à Rússia transmitiram ao portal WikiLeaks e-mails roubados das contas do Partido Democrata e de John Podesta, ex-diretor de campanha da candidata democrata Hillary Clinton, entre outros.
A CIA considera que a Rússia queria que "Trump fosse eleito", indicou um representante de alto escalão da agência de inteligência ao "Washington Post".
Trump considerou as acusações "ridículas" em entrevista para o canal de televisão Fox e zombou dos analistas da CIA que "são os mesmos que diziam que o [ex-presidente iraquiano] Saddam Hussein tinha armas de destruição em massa".
Em outubro, Washington já havia acusado a Rússia de ter orquestrado vários ataques virtuais para influenciar a campanha presidencial.
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