O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, chamou nesta sexta-feira (16) o presidente argentino, Mauricio Macri, de "ladrão e covarde", ao acusá-lo de mandar "agredir" a chanceler venezuelana, Delcy Rodríguez, na quarta-feira passada.
"O covarde do Macri mandou agredi-la (...). Covarde, você é covarde, Macri, não se meta com as mulheres. Macri, covarde, oligarca, ladrão", disse Maduro durante a cerimônia de formatura de médicos em Caracas, ao lado da chanceler.
Maduro condecorou Rodríguez com a "ordem de libertadores e libertadoras da Venezuela", por sua "valentia e patriotismo".
"A Argentina se encarregará de você e lhe secará, como seca todos os que se metem com os filhos de Bolívar e de Chávez, covarde", declarou Maduro.
O presidente avaliou que se a chanceler argentina fosse agredida pelos corpos de segurança da Venezuela, haveria "um escândalo na CNN e em todos os meios da oligarquia, o Clarín em Buenos Aires, o La Nación". Mas "como a agredida é a chanceler da Venezuela, ficam em silêncio, cúmplices, covardes".
Na quarta-feira, Rodríguez foi a Buenos Aires para tentar participar de uma reunião - a qual não foi convidada - de chanceleres dos sócios fundadores do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai) após a suspensão da Venezuela do Bloco.
A diplomata, impedida de participar da reunião, afirma que foi agredida ao entrar na sede da chancelaria argentina.
Na quinta-feira, o número dois do governo chavista, Diosdado Cabello, já havia chamado Macri de "covarde" por impedir a participação de Rodríguez na reunião do Mercosul.
Nesta sexta, Macri qualificou a declaração de Cabello de "piada sem importância diante do que sofrem os venezuelanos" e afirmou que "covarde é submeter um povo pela força e impedi-lo de se manifestar".
"Isto não pode ser levado a sério, começando porque alguém (Delcy Rodríguez) não pode se convidar para uma reunião a qual não foi chamado".
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