Dilma Rousseff concedeu uma entrevista à Al Jazeera, rede de tevê do Catar. Espremida com perguntas sobre a Petrobras, perdeu a calma. Disse que não nega a existência de um escândalo na estatal. Mas se negou a reconhecer a participação de correligionários petistas nos crimes. “Enquanto não julgarem, eu não vou julgar. Não é meu papel aqui julgar ninguém.”
O repórter, então, ofereceu a Dilma uma oportunidade para analisar o seu próprio papel no descalabro. Ofereceu duas alternativas: ou sabia de tudo e foi cúmplice ou não sabia e foi incompetente.
E Dilma, elevando o timbre: “Meu querido, esta é o tipo de escolha de Sofia que eu não entro nela, porque não é isso que acontece. Há uma diferença .—e há no mundo inteiro—um conselho e uma diretoria executiva. Nem todos os membros da diretoria sabiam que aqueles diretores da Petrobras estavam fazendo… tinham mecanismos de corrupção e estavam enriquecendo de forma indevida.”
Gravada na quinta-feira, no Rio de Janeiro, a entrevista sera exibida na íntegra nesta sexta-feira.
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