A Associação dos Estudantes de Nível Técnico e Superior, AENTS, realizou na noite deste sábado a eleição e posse dos novos dirigentes da instituição, em assembléia ordinária. A reunião aconteceu no auditório do Sindicato de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Apodi, STTR.
Na reunião estiveram presentes cerca de 40 estudantes de nível superior, técnico e profissionalizante. A classe é composta por cerca de 600 alunos, afirma o ex-presidente Pedro Acioly. Também estiveram presentes 3 dos 13 vereadores. Evangelista, Laete e Hortência.
A candidatura a presidência foi formada por duas chapas, Givaldo Lopes e Jair Gomes. Os dois candidatos discursaram por 5 minutos.
Givaldo Lopes: Depois de eleito em Assembléia estudantil para a presidência da AENTS onde concorrerei com Jair Gomes, quero dizer que os próximos passos serão na tentativa de entender a situação da associação e estabelecer diálogo com o gestor público municipal, para apresentar os problemas e buscar soluções práticas e viáveis. Para isso é preciso o apoio de toda a classe com o objetivo de concretizar os nossos sonhos.
Jair Gomes: Primeiramente eu gostaria de agradecer aos vereadores presentes, pois estive nesta quinta na câmara e convidei cada um, bem como representantes da secretaria de educação e vice-prefeito, porém, apenas 3 parlamentares compareceram. Aqui gostaria de apresentar as minhas propostas administrativas dizendo que a AENTS hoje, em primeiro passo, precisa se reorganizar, mostrar que tem força para poder conquistar um objetivo maior e o primeiro passo seria a implantação de uma gestão administrativa eficiente com o objetivo de reestruturar, delegando cargos e funções. Um dos pontos que a AENTS hoje precisa é a implantação do sistema de carteirinhas estudantis como prioridade, entre outros. E em segundo plano precisamos, após organizados, cobrar do legislativo a emenda da lei que dá acesso ao transporte universitário "gratuito" com o objetivo de passar toda a responsabilidade para a associação pois hoje nós só não temos condições melhores porque a associação continua sem autonomia.
1 - Presidente: Givaldo Lopes
2 - Vice-presidente: Pedro Acioly
3 - Tesoureiro: Erivanildo (mais conhecido como chilito)
4 - Secretária: Fernanda Blênia
5 - Diretor de Transporte: Patrício Albuquerque
6 - Diretor Sócio Cultural: Costa Junior
7 - Diretor de Esporte e Lazer - Vinícius Acioly
8 - Diretor de Imprensa Wercalteri
Em resumo, a associação ficou praticamente os mesmo integrantes, trocando apenas alguns alunos de cargos.
Nota:
A reunião foi muito proveitosa, porém, muito complicada, pois o pequeno número de estudantes é um grande problema para o bom desenvolvimento da classe. Fiquei muito contente com a disponibilidade do amigo Givaldo a enfrentar essa luta e gostaria de desejá-lo sorte, pois não vai ser fácil.
Colocar o meu nome a disposição foi pelo número de irregularidades que acontece hoje dentro da instituição e estava disposto a enfrentá-los, porém, o não êxito na eleição não me impede de contribuir com o que for outorgado pelo novo presidente, bem como os demais associados. Além dos direitos que me são concedidos e como não sou integrante da diretoria já gostaria de deixar a minha cobrança com relação ao cumprimento da lei que é de, assim como prega o prefeito de Apodi, dá gratuidade a todos os universitários, bem como a minha pessoa.
Com isso, espero que as boas idéias, como total autonomia para a associação, possam ser acatadas e que a instituição possa ganhar o lucro que vai para a empresa de transporte, eliminando terceiros e efetuando um serviço de boa qualidade. Está ideia baseia-se no que diz respeito a que se a AENTS hoje pudesse administrar os próprios recursos ela mesma poderia, em vez de alugar ônibus, comprar o seu próprio veículo evitando o gasto com o aluguel e reduzindo recursos para a associação.
A medida foi implantada como ideia por mim pelo seguinte fato: Hoje, os ônibus contratados pela prefeitura para levar os alunos a Caraúbas e Mossoró estão custante de 35 a 55 mil reais em média, como afirma um dos profissionais da área. E segundo este mesmo especialista um ônibus velho hoje ta custando, em média, este preço, 40 mil reais, sendo um médio no valor de 80 mil, um semi-novo por 120 e um zero KM por uns 400 mil (completo). Esses dados relatados constituem dizer que os alunos hoje estão utilizando veículos de baixa qualidade sendo pago um valor bem mais superior, vejamos:
- O repasse hoje da prefeitura é de 60 mil por mês (afirmou Laete e Pedro Acioly na reunião) e se só são realizadas 7 linhas mensais, teríamos um gasto de 8.500,00 (em média) por veículo. O custo do motorista sai em torno de 1 mil e o valor gasto com combustível cerca de 4 mil reais, assim como me relatou Déa, responsável pela empresa que efetua o serviço de transporte. Isso implica dizer que se tirarmos uns 500,00 dos custos extras teríamos ai um lucro de 3 mil reais para a empresa responsável pelos ônibus. Agora imagine se esse recurso fosse voltado para a instituição e em cada linha que são 7, teríamos, por tanto, 21 mil reais mensais a mais para a instituição. Assim, acredito que essa seria uma das melhores soluções para o grupo, só que isso só poderá ser possível se a instituição estiver unida e mostrar que é capaz de gerenciar este montante, dando segurança ao poder legislativo a emendar, ao projeto de Lei, um artigo que passe o poder para a entidade.
Afirmo aqui que, antes de iniciar o interesse pela presidência da associação já havia conversado com alguns políticos, já que as emendas da UERN não foram suscetíveis de audácia, para colocarem emendas no orçamento do Estado, com o intuito de comprar ônibus para a Associação. Como não houve interesse da classe pelo meu nome, com a presença de apenas 40 pessoas no local, deixo a cargo do novo presidente a incumbência de buscar, da melhor maneira possível, as melhorias cabíveis para a instituição.
Em fim, deixo aqui claro que me sinto grato pelo dia de sábado e por tudo que aconteceu, sinto-me agora mais aliviado pelo fato do grau de responsabilidade que não irei assumir e mais disposto a cobrar pelos meus direitos como estudante. Fiz a minha parte, me dei por opção.
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