Obery Rodrigues apresentou atual situação financeira do Estado e respondeu perguntas dos deputados
Obery Rodrigues revelou números importantes: segundo ele, a dívida do Estado com empréstimos chega a R$ 1,4 bilhão; com relação aos cargos comissionados, afirmou que esses servidores representam 2% do total do funcionalismo do Executivo. Sobre o 13º salário, o secretário afirmou: "Não tenho informações". Obery também confirmou que, por falta de execução de projetos, o Estado devolveu ao Governo Federal recursos da área de Segurança, mas disse desconhecer que tal devolução tenha se estendido a outras áreas da administração.
Na ocasião, o secretário negou que o Estado esteja “quebrado”, mas admitiu que existem dificuldades financeiras. Para ele, a reação negativa da população e da opinião pública sobre os cortes anunciados pelo Governo se deu pelo fato de o decreto ser uma iniciativa inédita no RN. “O Estado já esteve em outros momentos em dificuldades até maiores e pouco tempo atrás”, disse.
Além disso, afirmou que o decreto do Governo sobre os cortes adota um conjunto de medidas, que devem ser executadas pelos órgãos da administração. Segundo ele, ao reduzir custos, sobrarão recursos para áreas prioritárias. “O decreto estabelece uma expectativa de frustração da receita para todo o exercício, por isso é necessária a redução da despesa, para que não haja um desequilíbrio orçamentário e fiscal do RN”, declarou.
Empréstimos, dívidas com fornecedores, quantitativo de cargos comissionados, devolução de recursos, 13º salário, gastos com servidores, cumprimento de convênio com prefeituras, foram alguns dos temas das perguntas feitas pelos parlamentares. Compareceram a reunião 20 deputados e os questionamentos diretos foram feitos por Kelps Lima (PR), Walter Alves (PMDB), José Dias (PSD), Gesane Marinho (PSD), Larissa Rosado (PSB), Márcia Maia (PSB), George Soares (PR), Fábio Dantas e Fernando Mineiro (PT) fizeram perguntas diretas ao secretário.
DEPUTADOS
Durante a reunião, o deputado José Dias (PSD) disse que se deteria apenas na questão política e não emitiria opinião acerca dos dados apresentados, uma vez que estes mereceriam uma análise mais cuidadosa: “Para mim a situação do RN é muitíssimo difícil. Votei na governadora na expectativa de que as coisas iriam ser administradas da forma como era dito no palanque e não posso admitir que ela não tivesse sequer a mínima noção da realidade do Estado, pois quando se propôs ser governadora, deveria ser para administrar algo que ela deveria conhecer”.
Agnelo Alves (PSB) criticou postura do secretário: “Estou com a impressão de que estou saindo sem ter as respostas para as nossas angústias e do povo do Rio Grande do Norte. Ninguém ignore que nas próximas eleições já não haverá mais aquela convulsão que havia sempre nas eleições anteriores. O povo está se sentindo liberto e pior do que isso, liberto pelas angústias de todas as experiências malogradas”.
O deputado Fernando Mineiro (PT) chegou a dizer que a crise alegada pelo Governo é “artificializada com intenções” e que a contenção de despesas é “seletiva”: “Em fevereiro se dizia que o tesouro estava sendo recuperado, agora temos pela primeira vez no Estado um decreto que fala sobre reprogramação financeira e gostaria também de saber qual o critério utilizado para prever que a receita do segundo semestre será menor do que o semestre passado”, questionou.
Fonte ALRN
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