Após anunciar adiamento,o governo do Rio Grande do Norte publicou no Diário Oficial desta terça-feira (16) o edital do concurso público para praças da Polícia Militar. Estão sendo disponibilizadas 938 vagas de nível médio para homens e 62 para mulheres.
Como a prova objetiva está marcada para o dia 4 de março e o curso de formação (que é a última etapa) tem duração média de 10 meses, os aprovados só deverão atuar efetivamente no reforço da segurança pública em 2019.
O concurso será realizado pelo Instituto Brasileiro de Apoio e Desenvolvimento Executivo (IBADE). As inscrições serão realizada através do site www.idabe.org.br a partir desta quarta (17) e vão até o dia 8 de fevereiro. A taxa de inscrição custa R$ 100.
Os salários serão de R$ 954 durante a formação e R$ 2.904 após o ingresso. O concurso será composto pelas seguintes etapas:
Prova objetiva, que está agendada para o dia 4 de março;
Exames de saúde;
Investigação social;
Exame de avaliação do condicionamento físico;
Curso de formação (dura em média 10 meses).
Crise na segurança
A segurança pública do Rio Grande do Norte está em calamidade. Parte deste problema, segundo a própria PM, passa pela falta de efetivo. Hoje, a Polícia Militar possui 7.641 praças e 469 oficiais, o que totaliza 8.316 policiais. O ideal, ainda de acordo com a corporação, é que o efetivo atual fosse de 13.466 policiais, ou seja, existe um deficit de mais de 5 mil PMs no estado.
Entre os dias 19 de dezembro e 10 deste mês a Polícia Militar fez greve no estado. Praças e oficiais cobraram o pagamento de salários atrasados e também exigiram melhores condições de trabalho. Além da falta de estrutura, a falta de um efetivo maior também foi um ponto reclamado.
Crise financeira
A confirmação de que o governo do estado faria um concurso público para a PM foi dada em setembro do ano passado pela Secretaria de Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed), mas o edital vinha sendo adiado mês após mês em razão da crise financeira que o estado enfrenta. Nesta segunda (15), a propósito, a Secretaria de Administração e Recursos Humanos (Searh) anunciou que precisará demitir servidores para recuperar a situação financeira do Estado.
Essas demissões não dependem de autorização da Assembleia Legislativa. Na AL, tramitam 18 projetos que começam a ser discutidos em plenário a partir desta terça (16).
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