A Coreia do Norte realizou nesta terça-feira (25) um grande exercício com fogo real perto da cidade de Wonsan, no leste do país, coincidindo com o 85º aniversário da fundação de seu exército, segundo fontes do governo da Coreia do Sul, citado pela agência de notícias sul-coreana "Yonhap".
O líder norte-coreano Kim Jong-un teria participado das manobras, onde teria testado artilharia de longo alcance, de acordo com a fonte do governo. Fontes da "Yonhap" dizem que foi "o maior exercício de tiros" até agora.
Os especialistas acreditavam que o país poderia realizar um teste nuclear ou o lançamento de um míssil balístico aproveitando a ocasião. Mas nas últimas horas não foi detectado nenhum teste do tipo.
"Nenhum desenvolvimento fora do comum foi detectado", afirmou o ministério da Defesa da Coreia do Sul.
Os exercícios coincidiram com a chegada de um submarino americano com mísseis guiados à Coreia do Sul e com a reunião de diplomatas de Washington, Tóqui e Seul no Japão, para discutir a crescente ameaça dos programa de mísseis e armas nucleares da Coreia do Norte.
Temor de teste nuclear
O exercício militar norte-coreano, bem como a comemoração, chegam em um momento de tensão na região por conta dos testes armamentísticos de Pyongyang e o crescente temor que o país asiático realize um novo teste nuclear que aumente a crise com os Estados Unidos.
Fotografias feitas por satélite mostram atividade no centro de testes nucleares de Punggye-ri, na Coreia do Norte, que exibiu há dez dias um grande desfile militar.
A Coreia do Norte disse na segunda (24) que reforçará suas "medidas nucleares de auto-defesa", após a ordem de Washington de enviar para a península coreana o porta-aviões Carl Vinson, em resposta ao lançamento de um míssil norte-coreano no início do mês.
As forças armadas da Coreia do Norte "responderão com golpes mortais" e resistirão "qualquer tentativa de guerra total com um ataque nuclear sem piedade", disse o regime.
O presidente americano Donald Trump e vários altos funcionários de sua administração advertiram a Coreia do Norte que "todas as opções estão sobre a mesa" no caso dos programas nuclear e balístico de Pyongyang, incluindo a opção militar.
Trump afirmou na segunda-feira que o Conselho de Segurança da ONU deveria "estar preparado" para impor novas sanções a Pyongyang. A ONU já aprovou seis séries de sanções contra a Coreia do Norte.
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