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quinta-feira, 14 de julho de 2016

[saúde] MPRN aponta risco de colapso no atendimento do SUS no Rio Grande do Norte

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A audiência com o Chefe do Executivo estadual foi solicitada pelo Conselho Regional de Medicina (Cremern) e contou também com a participação de comissão formada por representantes do Conselho, da OAB/RN, além de diretores e cirurgiões do Hospital Walfredo Gurgel. O encontro tratou de problemas na assistência à saúde pública do Estado, como o desabastecimento, superlotação de algumas unidades, insuficiência de recursos humanos com sobrecarga de equipes de trabalho por escalas incompletas.

Para o Cremern, a audiência teve o objetivo de fazer um apelo ao Governo para atenção a toda a problemática que a saúde do RN enfrenta. O Governador ouviu os relatos dos conselheiros do Cremern, da diretoria e médicos cirurgiões do HWG, das promotoras de Justiça do MPRN, além das explicações da secretária estadual de Saúde, Eulália Alves, que também participou da audiência. O maior hospital do Estado, o Walfredo Gurgel, atualmente tem 423 pacientes internados, quando a capacidade é de 284 leitos. Um hospital que recebe todo tipo de paciente por ser o único hospital de portas abertas do Estado, mesmo seu perfil sendo voltado para urgências e emergências.

Um levantamento realizado pelo MPRN sobre a inadimplência com os serviços terceirizados foi entregue ao Governo, já que esta é a principal causa da descontinuidade na prestação de serviços.

O Cremern destacou a importância da quitação das dívidas com fornecedores e terceirizados como solução de curto prazo de parte dos problemas. E sugeriu, como solução de médio prazo, que fossem finalizadas as obras para abertura da ala nova do Hospital Coronel Pedro Germano da Polícia Militar, além de implantado o processo de regionalização mais eficaz de assistência.

A secretária de Saúde ficou de intensificar a desocupação e redistribuição de pacientes do Hospital Walfredo Gurgel com os municípios de origem, além de ações efetivas para diminuir a problemática da saúde. O Governador Robinson Faria alegou que o problema é administrativo, além de financeiro pelo qual passa o Estado, e pediu a colaboração de todos para mudança do quadro. As instituições através das suas representações se comprometeram em colaborar dentro de suas prerrogativas.

No início do mês, as Promotorias de Justiça de Saúde de Natal e o Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça da Saúde alertaram para o risco de colapso no atendimento do SUS no Rio Grande do Norte e encaminharam Recomendação à secretária estadual de Saúde e ao secretário estadual de Planejamento e Finanças para que fossem adotadas medidas necessárias à quitação de pendências financeiras do Estado junto à secretaria municipal de Saúde de Natal e restabelecidas ações e serviços de saúde paralisados em função do atraso no pagamento.
Fonte: Agora RN

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