"Chega de desculpas esfarrapadas e onerosas, pare de brincar com nossas vidas, cansamos de ser cobaias de seus testes fracassados". O desabafo é de Karla Álvares, mãe da universitária Maria Karolyne Álvares de Melo, de 19 anos, que foi morta com um tiro durante um assalto em janeiro deste ano. O trecho faz parte de uma carta aberta ao governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria, escrita por Karla e divulgada nas redes sociais.
O G1 entrou em contato com o governador Robinson Faria. Por meio da assessoria ele informou que tomou conhecimento da carta e afirmou que se solidarizou publicamente com a família logo após o crime - ocorrido em janeiro. O governador disse ainda, por meio da assessoria, que entende que "as palavras de Karla são palavras de quem está passando por uma grande dor", mas ressaltou que ele não está alheio aos problemas da segurança no estado e tem trabalhado incansavelmente para combater a violência do Rio Grande do Norte. Robinson Faria salientou ainda, através da assessoria, que todos os casos de violência de repercussão no estado foram solucionados e os criminosos presos.
Em contato com o G1, Karla disse que está "cansada de esperar mudança e a mudança não chegar". Segundo ela, a carta foi um primeiro passo para cobranças mais efetivas que ela pretende fazer aos gestores a partir de agora. "Não vou ficar só no desabafo. Pretendo tomar medidas mais efetivas para presisonar o Governo, a Assembleia Legislativa, e a Câmara Municipal de Natal. Nós queremos respostas, posicionamentos, vamos marcar audiências públicas e cobrar dos políticos os que eles prometeram nos palanques eleitorais", disse.
Na carta remetida ao governador, Karla questiona a falta de posicionamento do gestor estadual em relação a medidas que garantam a segurança da população. "Nós cidadãos comuns sentimos medo, dor, insegurança, nossos filhos são assassinados, nossos jovens ficam sem aula, nossos trabalhadores e pais de família são assaltados, humilhados, desrespeitados, se morre a míngua nos corredores de hospitais fétidos, isso quando consegue-se entrar, nossas ruas pertencem a criminalidade, nossa penitenciárias são feitas de farinha e cola, tamanha sua fragilidade, nossa população está sendo dizimada por mosquitos e o Sr. onde se escondeu?", diz o texto.
Fonte: G1RN
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