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quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

[polícia] Condenado pela chacina do ex-prefeito de Caraúbas é preso com fuzis em Pernambuco

Foi preso na última terça (12), na Zona da Mata Sul do Estado de Pernambuco, Francisco Sales Fernandes, o "Negão da Serra". Ele é suspeito de fazer parte de uma quadrilha que realizava assaltos a bancos na região de Vitória de Santo Antão (PE). Durante a prisão, Negão se identificou como Sales Matias de Melo, de 46 anos.

Além de Negão, também foram presos em Pernambuco: Fabrício dos Santos, Anderson da Silva Araújo e José Jonas de Araújo. Com a quadrilha a Polícia Militar encontrou armas de grosso calibre. São dois fuzis, uma metralhadora, uma pistola e munições de vários calibres. A investida foi feita após denúncias de assaltos na região.

Negão da Serra era integrante da quadrilha de Valdetário Carneiro, temido bando que realizou assaltos a bancos e crimes na região Oeste do Estado. Ele também participou diretamente da chacina do prefeito de Caraúbas, Agnaldo Pereira da Silva, 58 anos, durante uma emboscada na RN-117, altura do sítio São João da Várzea, a 10 km do centro de Mossoró.

O crime aconteceu na noite do dia 7 de novembro de 2001. Também morreram na chacina a primeira-dama do município, Antônia Gurgel da Nóbrega Pereira (51), os seguranças do prefeito, sargento Ronaldo Rafael da Silva e o soldado PM Cláudio Pereira do Nascimento, além de um funcionário de Agnaldo, Everlândio da Silva.

O veículo do prefeito, um Santana de cor cinza e placas MYD-4057-RN, com os cinco ocupantes, foi perseguido durante a emboscada. O motorista foi atingido na cabeça, perdeu o controle do carro e desceu a estrada. Em seguida, todos os ocupantes foram atacados com armas de grosso calibre. Segundo informações do ITEP-RN da época, foram mais de cem tiros de armas de vários tipos de armamento.

Negão da Serra foi preso em 2002, e confessou participação na chacina de Agnaldo. Na época, o criminoso ajudou a Polícia Civil a realizar a reconstituição do crime, e divulgou os nomes dos demais envolvido. Além dele, também foram indiciados o líder do bando, Valdetário Carneiro, morto pela polícia em 2003; Francimar Fernandes Carneiro, o "Cimar Carneiro", primo de Valdetário e morto, juntamente com Francisco Clécio do Nascimento, após confronto com a PM da Bahia em 2005; e José Maria Roque da Silva, que ajudou a quadrilha a localizar o carro do prefeito.

Em 2011, Negão foi condenado há 101 anos de prisão, pelo Tribunal do Júri Popular que foi presidido pelo Juiz Vagnos Kelly Figueiredo de Medeiros. Foram 21 anos pela morte de Agnaldo Pereira, 20 pela morte de Antônia Gurgel, 20 por Ronaldo, Cláudio 20 e Everlânio 20. Após o julgamento, Negão da Serra foi levado para o presídio Aníbal Bruno, em Recife (PE), onde cumpria pena, mas estava em liberdade.
Fonte: CG na Mídia

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