Via Carlos Santos - Dois vereadores oposicionistas voltaram a fazer vigília à porta da sede da Câmara Municipal de Mossoró, o Palácio Rodolfo Fernandes. Entre o final da noite de ontem, madrugada e princípio do dia de hoje, arrancharam por lá.
Francisco Carlos (PV) e Tomaz Neto (PDT) foram fotografados no local, em trajes despojados, garrafa com café, adoçante e disposição. Não se acomodaram nesse horário tão incomum à “atividade parlamentar”, por nenhum foco de protesto. A razão é outra.
- Se a gente não fizer vigília, não tem direito ao uso da palavra durante as sessões ordinárias – retratou Tomaz Neto ao Blog. “Eles tentam a todo custo impedir que falemos, principalmente ao vivo, pela TV Câmara”, completou.
Democracia impositiva
Ele, Francisco Carlos e outros vereadores da oposição, têm repetido a estratégia. Não é uma situação nova.
A bancada governista age com regularidade na antecipação de trabalho, antes mesmo da Câmara começar seu expediente formal às 8 horas. Quando a conjuntura e a pauta da Casa têm matérias e questões muito delicadas à imagem do Governo Francisco José Júnior (PSD), já sabem que precisarão utilizar tal expediente.
Com protestos de terceirizados, fechamento de UTI Pediátrica e creche, atraso em salários do pessoal da Saúde, crise na relação com agentes de trânsito e Guarda Municipal, além de outros problemas que vão se tornando insanáveis, o Governo procura impedir maior visibilidade de opositores no Legislativo. É nesse ambiente onde existe um dos escassos nichos de resistência à “democracia impositiva” do prefeito.
Pobre Mossoró!
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