Grevistas querem repor dias parados em mutirões e ações especiais de combate à violência
Mais que uma trégua, o SINPOL propôs ações para o Governo do Estado para reduzir os assustadores números da criminalidade do Rio Grande do Norte, durante reunião realizada nessa segunda-feira (14) com os titulares da Secretaria de Administração (Alber Nóbrega), Controladoria Geral (Anselmo Carvalho) e Consultoria Geral (José Marcelo).
Eles apresentaram uma proposta para que o Governo reponha os salários cortados dos grevistas, mas que faça um Banco de Horas para que os agentes e escrivães e servidores do Itep possam atuar com foco do controle firme da criminalidade, bem como no escoamento da grande demanda reprimida nos últimos dois meses.
A parceria, enfatizou o sindicato, seria positiva para o Governo, que se encontra impossibilitado de pagar Diárias Operacionais (como vem sendo denunciado na mídia constantemente). Mutirões também poderiam ser organizados para fazer Boletins de Ocorrência, assim como emissão de documentos e certidões pelo Itep.
“Não estamos buscando abono. Queremos trabalhar e essa ação seria positiva para o Governo”, ressaltou o presidente do SINPOL, Djair Oliveira. O presidente da Comissão de Negociação, Alber Nóbrega, juntamente com o controlador, Anselmo de Carvalho, acataram de imediato a proposta para os dias não judicializados (6 de agosto, quando a greve começou, até 6 de setembro, quando houve a decisão judicial autorizando os cortes).
“Mas na contramão do diálogo e adotando postura punitiva e claramente descomprometida com a lástima da segurança pública, o consultor José Marcelo, disse que não estava interessado na fragilidade da área e que as ações do Governo para combater o crime só seriam efetivadas, caso haja recurso para diárias. Caso contrário, ficará tudo como está, evidenciando que não defende negociação entre SINPOL e Governo para reduzir a criminalidade, através da reposição integral das horas da greve”, observa o SINPOL.
O apelo pela reposição foi ratificado pelo delegado geral de Polícia Civil, Ricardo Sérgio, que desabafou não ter como pagar diárias aos policiais. Diante do óbice causado pela decisão judicial, o SINPOL buscará compor com o Governo do Estado junto ao processo, através de uma conciliação judicial.
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