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quarta-feira, 4 de outubro de 2017

[política] Áreas de seca extrema aumentaram no RN, diz monitor


As chuvas do último mês de agosto se concentraram nas regiões mais próximas do litoral no Leste potiguar. Com falta de precipitações em outras partes do estado, houve uma ampliação na área de seca com intensidade grave. Na maior faixa territorial do Rio Grande do Norte, os efeitos da estiagem variam entre severidade moderada e extrema. Os dados são do Monitor de Secas - um aplicativo lançado nesta terça-feira (3) para apresentar dados atualizados sobre a situação meteorológica na região Nordeste.

Apesar do resultado negativo, a situação do estado estava melhor em agosto de 2017, na comparação com o o mesmo período de 2016, quando a maior parte do território estava em situação de seca grave e o Alto Oeste potiguar chegava a ter seca excepcional - o mais alto nível na tabela. Em janeiro de 2017, o estado só tinha situação de seca extrema e excepcional, sendo que a maior parte era excepcional.

Houve um agravamento da situação em outro estados nordestinos, especialmente na região central do Nordeste.

Ainda de acordo com o mapa, as regiões Agreste e Leste Potiguar são as que tiveram os maiores impactos econômicos de longo prazo provocados pela estiagem.

Em setembro, o governo do Rio Grande do Norte renovou a situação de emergência de 153 municípios por causa da seca.

O aplicativo da Agência Nacional de Águas está disponível para download gratuito em smatphones com sistema operacional Android ou IOS. Através dele, é possível acompanhar a intensidade da seca em todo o Nordeste entre julho de 2014 e agosto de 2017. O mapa conta com ajuda de órgãos estaduais.

De acordo com a Empresa de Pesquisa Agropecuária do RN (Emparn), responsável pelas alimentação dos dados do estado, o mapa já estava disponível na internet, mas agora também é distribuído por meio de aplicativo para facilitar o acesso de gestores, pesquisadores e cidadãos.

O usuário pode comparar dois meses selecionados, ver as regiões que tiveram aumento ou diminuição da intensidade da seca no período selecionado e verificar os percentuais de regiões nordestinas que passam por seca fraca, moderada, grave, extrema, excepcional ou que não passam por seca. A ferramenta também indica se os possíveis impactos sobre os diferentes setores econômicos são de curto e/ou longo prazo.

Ainda é discutida a inclusão de novos produtos a serem oferecidos pela ferramenta, como a identificação de vulnerabilidades e impactos das secas. Entre outros temas, serão discutidas, ainda, a ampliação territorial do Monitor e a internalização nos estados dos resultados do Monitor de Secas para orientar a tomada de decisão, informou a ANA.

Os mapas mostrados pelo Monitor de Secas são validados por técnicos e levam em consideração dados de monitoramento hidrometeorológico e os impactos no abastecimento, agricultura e pecuária. "Assim é possível apresentar periodicamente o retrato mais recente e fidedigno da seca vivenciada pela população. Com estes dados, tomadores de decisão podem realizar um planejamento coordenado de ações de preparação e resposta às situações de seca, possibilitando uma gestão de recursos hídricos mais eficiente".

Desde 2012 o Nordeste enfrenta uma das mais severas secas já registradas, afetando a disponibilidade hídrica, os usos da água e o meio de vida dos nordestinos. Os volumes dos reservatórios, essenciais para a segurança hídrica na região, diminuíram drasticamente, chegando ao colapso em muitos casos. Com esta combinação de poucas chuvas e disponibilidade de água insuficiente para atender às demandas de partes do Nordeste, partes da região passam por uma crise hídrica sem precedentes, como é o caso das bacias do São Francisco e do Piranhas-Açu.

O Monitor de Secas, que também pode ser acessado pelo site (aqui) acompanhamento regular e periódico da situação da seca no Nordeste.

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