O sistema penitenciário do Rio Grande do Norte tem um colete a prova de balas para cada 9 agentes. A informação é da própria Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc), responsável pela administração das unidades prisionais do estado.
Com atuais 914 agentes a serviço, a pasta dispõe de apenas 100 equipamentos de proteção dentro do prazo de validade. De acordo com relatório assinado pelo secretário adjunto Maiquel Mendes, o estado precisa comprar 1.344 coletetes balísticos.
O G1 procurou a Sejuc para saber se os agentes estão trabalhando sem coletes e desde quando o número de coletes é insuficiente, mas até a publicação desta matéria não obteve retorno.
Os dados estão em uma portaria publicada no sábado para alterar a dotação orçamentária da secretaria, com acréscimo das 530 vagas no sistema. Ocupados todos os cargos, o estado terá 1.444 agentes.
Em maio, a Sejuc abriu concurso público para agente penitenciário do estado. O edital prevê 571 vagas e as inscrições estão abertas até esta terça-feira (27).
Calamidade
Em março deste ano, o Governo do Rio Grande do Norte prorrogou por mais 180 dias a situação de calamidade no sistema prisional do estado. Esse mesmo decreto já tinha sido feito em 2015.
A renovação ocorreu após o massacre registrado na Penitenciária de Alcaçuz, em Nísia Floresta, em janeiro, quando pelo menos 26 detentos morreram em confrontos dentro da unidade.
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